Após uma semana de espera para a solução do imbróglio jurídico sobre a final do Campeonato Nacional Masculino de Basquete, o Franca/Mariner/Unimed decidiu dispensar seus jogadores e aguardar a decisão sobre o futuro da competição. Hoje, o clube paulista divulgou um comunicado lamentando a situação e pedindo desculpas aos torcedores. “Se alguém está brincando com basquete Franca não”, diz o gerente de esportes, Fernando Minucci.
Segundo ele, a liberação dos atletas era a opção viável dada a situação. “Pelo que está caminhando, ninguém chega a uma definição em um ou dois dias”, lamenta. Os jogadores, que tinham contrato com o clube até o final de maio, treinaram até dia 2 de junho. “Desde sábado, estão liberados para negociar. Pode ser que quando saia a definição alguém tenha ido para a liga da Venezuela ou algum outro lugar, mas não podíamos rodar mais um mês de folha sem saber se iríamos jogar ou não”, explica o dirigente. “É um risco que nós corremos”.
Franca tem contrato com o atual patrocinador até o final deste mês e não quer correr o risco de comprometer uma temporada na qual conseguiu reestruturar seus problemas financeiros. Pelo ritmo das negociações para o final do impasse jurídico em que se transformou o Nacional, as esperanças em Franca estão escassas. “Aparentemente, não está mudando nada”.
A decisão do torneio estava sendo disputada entre Franca e COC/Ribeirão, mas foi interrompida dia 29 por decisão judicial a pedido do Universo/BRB/DF. O time da capital federal reivindicava os pontos perdidos no jogo contra o Telemar/Rio, alegando que o time carioca usou o armador Arnaldinho em situação irregular.
De acordo com Minucci, Franca está disposta a aceitar a realização de um triangular com Brasília e Ribeirão. A condição seria que os jogos fossem disputados nas duas cidades paulistas. Na sexta-feira, Ribeirão aceitou o triangular, desde que fosse em seus domínios. “Aí é jogar fora todo o trabalho da equipe que teve a melhor campanha em todo campeonato”, reclama Minucci. Sua equipe também se dispõe a disputar dois turnos completos contra os outros dois times. “Seriam quatro jogos no máximo (em qualquer caso)”, calcula. “Não sei porque Ribeirão não aceita”.
Segundo a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), a situação continua em aberto e as negociações estão sendo feitas com as equipes.