Uma força-tarefa formada pela Polícia Federal, Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, e pela Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), a segunda fase da Operação Magna Fraus, voltada ao combate da quadrilha responsável pelo maior ataque cibernético já registrado contra o sistema financeiro brasileiro.
A ação cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão em diversos estados — entre eles São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Paraíba.
Segundo as investigações, os alvos são hackers envolvidos na invasão ao sistema da empresa C&M Software — responsável por interligar bancos menores ao Banco Central — e pessoas que cederam contas bancárias para movimentar o dinheiro desviado. O grupo teria furtado mais de R$ 800 milhões de instituições financeiras.
Com o apoio da Interpol, parte das prisões foi realizada no exterior, em países como Espanha, Argentina e Portugal. Durante a operação, os agentes apreenderam veículos de luxo, armas, munições, joias, computadores e criptomoedas.
Entre os detidos está Ítalo Jordi Santos Pirineus, conhecido como “Breu”, preso na Espanha. Ele é apontado como intermediário entre os hackers e os operadores responsáveis por lavar o dinheiro roubado por meio de criptomoedas. Já Gabriel Bernardes Ferreira, que estaria na Alemanha, segue foragido.
A apuração também identificou novos integrantes do esquema de lavagem digital, após a descoberta da carteira virtual de Patrick Zanquetim, suspeito de movimentar mais de R$ 200 milhões em ativos virtuais.
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de bens e valores que somam R$ 640 milhões, além da recuperação de cerca de R$ 12 milhões em criptoativos, sendo R$ 1 milhão já convertido em reais.
 
										 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
                         
							 
							 
							 
							