A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) informou hoje (11) que estuda formas de cumprir a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou a volta ao trabalho de 50% dos servidores em greve.
“Vamos cumprir essa decisão. A nossa assessoria jurídica estuda como implementá-la. Depois disso, vamos reunir os sindicatos para fazer o cumprimento da determinação”, disse a coordenadora-geral da Fasubra, Léia de Souza Oliveira.
Ela disse ainda que a decisão da Corte não invalida a greve, o que, para a categoria, é positivo. “Isso dá legalidade ao nosso movimento.”
Os servidores das universidades federais estão em greve desde o dia 6 de junho e pedem reajuste do piso salarial em pelo menos três salários mínimos. Atualmente, o salário da categoria é R$ 1.034.
No final de julho, a Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o STJ para que o tribunal derrubasse a paralisação alegando que a greve impede o direito constitucional do ensino público gratuito, a continuidade das pesquisas, o atendimento em hospitais universitários e o desenvolvimento econômico e social do país.
Na última semana, o ministro do STJ, Arnaldo Esteves Lima, determinou, por meio de uma liminar, que pelo menos 50% dos servidores técnico administrativos das universidades federais em greve voltassem a trabalhar. Na sexta-feira (5), o tribunal enviou telegrama para as entidades interessadas informando da decisão.