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Brasil

Especialistas de nove países se reúnem em Brasília para debater o futuro da energia e da cooperação internacional

Evento, do BRICS, tem como objetivo preparar relatório com iniciativas a serem sugeridas na COP 30, em novembro

Redação Jornal de Brasília

10/06/2025 8h30

evento brics

FOTO: Divulgação

Jovens especialistas de nove países — incluindo Brasil, Índia, China, Egito, Irã, Indonésia, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Rússia — estão reunidos em Brasília, desde domingo (09/06) até esta terça-feira (10/06) para o 7º BRICS Youth Energy Summit (YEA), principal evento internacional voltado à cooperação energética juvenil no BRICS e à formação de lideranças técnicas no setor energético.

O evento destaca a crescente influência de uma nova geração na construção da diplomacia climática e energética no Sul Global. Ao longo da programação, os jovens delegados contribuirão para o desenvolvimento do BRICS Youth Energy Outlook 2025, um relatório internacional com propostas sobre transição energética justa, inovação tecnológica, financiamento sustentável e inclusão geopolítica.

O documento servirá como base para recomendações aos ministros de energia do BRICS e para os debates preparatórios da COP30, que será realizada em Belém (PA).

Significado estratégico

Conforme dados dos organizadores, a edição de 2025 tem significado estratégico adicional: além de marcar os dez anos da BRICS Youth Energy Agency, ocorre sob a presidência brasileira do BRICS e da COP30, ampliando a conexão entre juventude, política energética e negociações climáticas.

No evento, os principais painelistas têm ressaltado que a transição energética não é apenas um desafio tecnológico, mas também ético, exigindo uma mudança para fontes de energia limpas, incluindo nuclear, renováveis, hidrogênio e tecnologias de captura de carbono.

Os representantes do BRICS têm destacado, também, que para os países do Sul Global, como o Brasil, a justiça na transição é especialmente importante, dada sua baixa contribuição histórica às emissões de gases de efeito estufa e alta vulnerabilidade às mudanças climáticas. Neste sentido, o BRICS YEA assegura que as condições locais e os saberes tradicionais sejam considerados no processo de formulação de políticas.

Brasileiros presentes

O Brasil está sendo representado no evento por nomes de destaque, como Marcele Oliveira — Jovem Campeã do Clima da COP 30 nomeada pela Presidência da República — ao lado de jovens profissionais com experiência técnica em instituições como GIZ, Universidade de Brasília, Olage, Raízen e Cojovem.

O Summit conta, ainda, com a presença de secretários nacionais e diretores do Ministério de Minas e Energia e da Secretaria-Geral da Presidência da República, que irão orientar a próxima geração na condução das transições energéticas.

“Essa é uma geração que entende tanto de energia quanto de política. O BRICS está moldando um núcleo de governança técnica jovem com foco no Sul Global”, afirma Vadim Kuznetsov, diretor de Sustentabilidade da BRICS Youth Energy Agency.

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