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Brasil

Escola de dança no Ceará é escolhida para participar de projeto da Unesco

Arquivo Geral

09/10/2007 0h00

A Organização das Nações Unidas para a Educação, view a Ciência e a Cultura (Unesco) apresentou hoje uma parceria com uma fabricante francesa de calçados para balé que irá beneficiar a escola cearense de dança Escola de Dança e Integração Social da Criança e do Adolescente (Edisca), em Fortaleza.

O subdiretor-geral para as Ciências Sociais e Humanas da Unesco, Pierre Sane, e o presidente da Fundação Repetto, Jean-Marc Gaucher, apresentaram hoje o projeto conjunto por meio do qual a empresa francesa irá colaborar também com outras duas escolas.

A iniciativa é chamada de “Dança Pela Vida” e ajudará, além da Edisca, as oficinas de arte populares em Cuba e a escola de dança Dance for All, na África do Sul. O projeto é parte do programa da Unesco para a Educação de Crianças Desamparadas.

As condições para a seleção das escolas foram três: o tempo de existência; a formação de bailarinos profissionais; e a garantia de que seus alunos vão à escola.

Sediada na capital cearense, a Edisca atende 400 crianças carentes com aulas de dança e música desde 1992.

A Repetto é uma das marcas de sapatilhas mais famosas no mundo do balé. Os calçados da grife ficaram famosos quando foram usados por Brigitte Bardot no filme “E Deus criou a mulher”, de 1956.

À frente da empresa desde 1999, Gaucher disse à agência Efe que quer “ajudar” através da dança. Ele ainda não especificou quanto a empresa pretende destinar ao projeto, que tem como madrinha a bailarina cubana Alicia Alonso.

O objetivo é “ajudar (as escolas) em função das necessidades”. Depois, “veremos quanto irá custar”, comentou.

Segundo a Unesco, as escolas selecionadas começarão a receber “muito em breve” o material de que precisarem.

“A empresa ganha dinheiro, os acionistas estão contentes”, é o momento de “dar um pouco do que temos” aos jovens e ajudá-los a realizarem seus sonhos através da dança, sem esquecer que “o que faz com que a empresa exista hoje são os bailarinos”, disse o presidente da Repetto.

Segundo Gaucher, a idéia inicial era “utilizar os 60 anos da marca para ajudar a comunidade da dança. O projeto evoluiu com o tempo”. As escolas não serão sempre as mesmas e podem mudar “pelo menos a cada três anos”. Gaucher ainda acrescentou que outras serão adicionadas ao projeto no ano que vem.

Brasil, Cuba e África do Sul eram os três primeiros países de uma lista oferecida pela Unesco, e como suas escolas correspondiam aos critérios estabelecidos previamente, a decisão de começar o “Dança Pela Vida” nestes lugares “foi muito rápida”, explicou Gaucher.

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