Em comunicado oficial distribuído na tarde desta terça-feira, a Renault admitiu que informações confidenciais da McLaren foram parar na sede da escuderia. Contratado pelo time no último 6 de setembro, o engenheiro Phil Mackereth, que vinha do time de Woking, trouxe disquetes com cópias de desenhos e dados técnicos de propriedade de seu antigo empregador.
Sem que ninguém do time francês soubesse, de acordo com a Renault, Mackereth colocou tais informações em seu diretório pessoal no sistema interno. O time comandado por Flavio Briatore ainda garante que, assim que tomou conhecimento sobre o ocorrido, apagou todos os dados e iniciou uma investigação formal, além de informar a situação para a McLaren e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
O engenheiro ainda foi suspenso de suas funções ao mesmo tempo em que os disquetes foram enviados aos advogados da Renault, de maneira a serem encaminhados de volta à McLaren. Desde então, a escuderia de Ron Dennis e a FIA estão sendo avisados sobre os achados relevantes sobre o ocorrido. Descobriu-se, inclusive, que desenhos em escala reduzida de quatro itens (layout interno do tanque de combustível, embreagem, amortecedor de massa e amortecedor da suspensão) foram passados a outros funcionários, que, no entanto, negam ter feito uso de tais informações.
Nesta quinta-feira, a FIA convocou a Renault para comparecer ao Conselho Mundial de Esportes a Motor em 6 de dezembro e dar suas explicações. Vale lembrar que este ano, a McLaren perdeu todos os pontos no Mundial de Construtores, além de tomar uma multa de 100 milhões de dólares, por ter espionado informações secretas da Ferrari.