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Brasil

Emae tem R$ 140 milhões em CDBs no Letsbank, do Banco Master

O montante representa, segundo a empresa, 5,88% de seu ativo total consolidado ao fim do terceiro trimestre deste ano, de R$ 2,4 bilhões, segundo relatório financeiro divulgado na quinta-feira (13).

Redação Jornal de Brasília

18/11/2025 23h18

banco master

Foto: Reprodução


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) disse nesta terça-feira (18) que mantém CDBs (Certificados de Depósito Bancário) emitidos pelo Banco Letsbank, do conglomerado do Banco Master, equivalentes a cerca de R$ 140 milhões.


O montante representa, segundo a empresa, 5,88% de seu ativo total consolidado ao fim do terceiro trimestre deste ano, de R$ 2,4 bilhões, segundo relatório financeiro divulgado na quinta-feira (13). No período, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 287,5 milhões.


O Banco Central anunciou nesta terça a liquidadação extrajudicial do Banco Master, Banco Master de Investimento, Banco Letsbank e Master Corretora de Câmbio, motivada “pela grave crise de liquidez do conglomerado”.


A Emae, que em outubro teve o controle adquirido pela Sabesp por R$ 1,13 bilhão, disse em fato relevante que os CDBs não têm garantia específica e seguem o regime aplicável à liquidação. A empresa afirma que está adotando as providências cabíveis para receber os valores aplicados.


“A companhia informa que sua capacidade operacional não foi impactada e que mantém posição de caixa suficiente para fazer frente às suas obrigações e ao curso normal de seus negócios”, disse a Emae.


No balanço para o terceiro trimestre, a companhia disse que seu caixa e equivalentes totalizavam R$ 243,9 milhões em setembro, formados por depósitos à vista e aplicações de liquidez imediata, com rentabilidade acumulada de 104,2% do CDI. As aplicações financeiras somaram R$ 251,4 milhões.


A liquidação do Banco Master deve representar a maior operação de resgate da história do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que precisará honrar R$ 41 bilhões para cerca de 1,6 milhão de credores com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento da garantia (de até R$ 250 mil por CPF).


A avaliação é que o caso não traz risco para o sistema financeiro, uma vez que o FGC tem R$ 122 bilhões em caixa.


Outra empresa exposta à instituição é a Oncoclínicas, que quer retomar de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, a participação de 15% que ele tem na companhia para compensar por perdas que a empresa deve ter com um investimento de R$ 433 milhões em CDBs.


A rede de clínicas oncológicas disse que “tomará todas as medidas cabíveis” para retomar ações suas que estão nos fundos Tessália e Quíron, que pertencem ao Master.


Vorcaro foi preso na noite desta segunda-feira (17), em São Paulo. Segundo integrantes da corporação, havia uma suspeita de que ele poderia deixar o país para evitar a prisão. Ele se preparava para embarcar em um jatinho para o exterior.

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