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Brasil

‘É como tirar a empresa da tomada’, diz empresário sobre WhatsApp fora do ar

Outro desafio trazido pela pane foi a falta do WhatsApp como meio de comunicação e gestão de equipes, em especial para empresas que migraram para o home office na pandemia, afirma

FolhaPress

04/10/2021 23h19

Foto: Agência Brasil

FILIPE OLIVEIRA

Pequenas empresas do comércio eletrônico afirmam que perderam mais da metade das visitas em suas lojas virtuais com a queda dos serviços do Facebook nesta segunda (4).

É o caso de Patrícia Soalheiro, da loja Ela Decora. Segundo ela, a maior parte das visitas em seu site chega a partir do Instagram. “Fazemos marketing de conteúdo forte. As pessoas não estão sendo impactadas por nada disso, só quem está entrando é quem tem a necessidade de comprar algo mesmo”, afirma.

Além disso, a queda do WhatsApp também dificulta a comunicação com clientes, que costumam usar o aplicativo para tirar dúvidas, e atrapalha a comunicação interna e com o centro de distribuição. “Estamos usando o dia para cadastrar produtos no site e melhorar ele”, afirma.

Murilo Ferraz, da loja Odento Pet, de alimentação natural para animais de estimação, diz que passou a tarde de segunda fazendo inventário dos produtos e cuidando da administração financeira.

Ferraz conta que seu site funciona como um catálogo virtual, que direciona clientes para seu WhatsApp na hora em que eles querem fechar uma compra. Também usa a ferramenta para entrar em contato com fornecedores: “Hoje não tive venda. É como tirar a empresa da tomada”, afirma.

Vitor Magnani, presidente do conselho de economia digital da FecomércioSP e da associação de startups ABO2O, diz que a queda dos serviços do Facebook deixa o comércio eletrônico sem uma importante porta de entrada para seus clientes.

Os pequenos empresários são os mais afetados porque, com frequência, não possuem um aplicativo como canal alternativo e, em alguns casos, não contam nem com um site.

Outro desafio trazido pela pane foi a falta do WhatsApp como meio de comunicação e gestão de equipes, em especial para empresas que migraram para o home office na pandemia, afirma.

Diego Santana, consultor especializado em ecommerce e marketing digital, diz que, em média, seus clientes perderam 65% de suas vendas do dia.

Segundo ele, enquanto lojas físicas e os prestadores de serviço acompanhados por ele tiveram menos impacto, as lojas online sofreram mais ao longo do dia.

A orientação, diz o consultor, tem sido redirecionar os anúncios pagos para outras plataformas, como o sistema de buscas do Google ou o TikTok.

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