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Brasil

Dia do Combate ao Fumo: a luta contra o tabagismo durante a pandemia

Para os estudantes de direito Marcos Lira e Gabriel Brito bastaram apenas 6 meses de pandemia para iniciar um hábito de fumar

Agência UniCeub

27/08/2021 19h26

Foto: arquivo

Danilo Zolet, Gabriel Teles e Yan Camargo
Agência Uniceub

Sentimentos de angústia, desconforto e agravante pandêmico… roteiro do cotidiano de jovens que iniciaram o vício do tabagismo. Para os estudantes de direito Marcos Lira e Gabriel Brito, ambos de 23 anos, bastaram apenas 6 meses de pandemia para iniciar um hábito de fumar. Para eles, os primeiros meses em casa com pandemia despertavam medo, incerteza e um sentimento de insuficiência.

“Éramos induzidos ao fumo em reuniões com os amigos ou festas, antes da Covid-19, mas, acabamos adquirindo o hábito durante a pandemia”.

Cada dia, desde aquele momento, os amigos da infância lutam para largar o Narguilé, rota de fuga para os dias de “insuficiência”. Eles se conscientizam sobre os efeitos do tabagismo, além de outros prejuízos à saúde, poderiam representar fatores de risco durante a pandemia do Covid e outras variantes. A prática tomou conta do cotidiano, mas lutam contra o vício.

Contudo, a prática perigosa para a saúde ainda permanece ativa entre jovens e fumantes. Neste domingo (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, é realçado o papel de destaque no agravamento da pandemia de covid-19, uma vez que fumantes parecem ser mais vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus.

Por esse motivo, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) escolheu como tema da campanha deste ano: Comprometa-se a parar de fumar.

Criado em 1986 pela Lei Federal 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de conscientização sobre os danos sociais, de saúde, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

Fortemente difundido entre os jovens, o Narguilé – geralmente utilizado em conjunto nas rodas de amigos – se destacou como agente transmissor do vírus e agravante de problemas cardiorrespiratórios. Por causar uma falsa impressão de que a presença da água reduz os danos da prática, usuários de narguilé veem isso como uma alternativa mais segura ao cigarro, por exemplo. Entretanto, estudos demonstram que os longos períodos de inalação (podendo variar entre 45 a 60 minutos por sessão), causam o trago de nicotina e outras substâncias tóxicas relativas ao uso de aproximadamente 100 cigarros convencionais.

Narguilê representa risco de vícioA psicóloga e representante da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, Vera Borges, ressaltou que as pesquisas mostram a contribuição do tabagismo para os casos de hipertensão, diabetes e cardiopatias, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, acidentes vasculares cerebrais e câncer de pulmão. “Tudo isso se agrava no momento em que o mundo vive a pandemia da covid-19”, alertou.

Pesquisadores do Instituto apontam que o tabagismo está relacionado ao contágio, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca.


Alarme aceso

A servidora pública, Renata de Castro Silva relatou como o cigarro esteve presente durante a pandemia e de que modo o tabagismo interfere em sua vida. Inevitavelmente, o estado de alarme e preocupação causado pelo novo Coronavírus trouxe ansiedade e incerteza, como citado pelos estudantes.

“Quando estou em casa acabo ociosa e pensando mais, logo a ansiedade aumenta. No início, a quantidade de cigarros aumentou muito, mas tenho diminuído novamente enquanto permaneço na dualidade do antigo desejo de parar com dias de recaída onde acabo fumando mais”, afirmou Renata. A dependência química causada pelas substâncias inaladas compete arduamente com a vontade do usuário de abandonar o tabaco. Por isso, o comprometimento destacado na campanha do Inca é essencial.


“Adotei intervalos na minha rotina, onde faço meditação, ouço música, as vezes paro tudo e vou caminhar, desta forma ficou tudo bem” contou Renata sobre seu dia a dia no combate ao vício.

O tabagismo, que é fator de risco para transmissão do vírus e para o desenvolvimento de formas mais graves de Covid-19, também é considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Por esses motivos, os órgãos de saúde, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) encoraja as pessoas a paralisarem o hábito do fumo para minimizar os riscos associados à pandemia de Covid-19. A ação promove e potencializa ações educativas, de comunicação, de atenção à saúde, com ações legislativas e econômicas para prevenir as pessoas expostas ao fumo passivo.

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