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Brasil

Defesa de condenados no Caso Evandro pede revisão de sentenças

No pedido, a defesa anexou um laudo que comprovaria que houve tortura dos então suspeitos durante a investigação, na década de 1990 para que eles confessassem o crime

Redação Jornal de Brasília

07/12/2021 11h28

A defesa de Beatriz Abagge, Davi dos Santos Soares e Osvaldo Marcineiro protocolou, na segunda-feira (6), um pedido de revisão criminal das condenações dos três pela morte do menino Evandro Ramos Caetano, protagonista do chamado “Caso Evandro”.

No pedido, a defesa anexou um laudo que comprovaria que houve tortura dos então suspeitos durante a investigação, na década de 1990 para que eles confessassem o crime. De acordo com os advogados, as gravações com as confissões foram apresentadas editadas nos julgamentos que condenaram o trio.

Os áudios completos, que mostram os acusados recebendo instruções para confessar os crimes, se tornaram públicos em 2020, durante o podcast Projeto Humanos, que contou a história do caso. De acordo com o pedido, as provas são ilícitas porque foram obtidas mediante tortura e influenciaram o restante do processo. Os advogados pedem que Beatriz, Davi e Marcineiro sejam absolvidos, os processos sejam anulados e que uma indenização seja paga aos três. O recurso precisa ser analisado pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que decide se acata ou nega o pedido.

Acusada diz que garoto está em Aruba

No mês passado, o humorista Maurício Meirelles convidou Beatriz Abagge para o quadro Achismos, em seu canal do Youtube, e a terapeuta contou detalhes das torturas que sofreu e dos momentos de terror que passou na cadeia. “Foi feito afogamento com água, sabão e toalha. Não lavava o rosto de jeito algum. Até que um dia quando sai da prisão fui a um clube com minhas crianças e mergulhei na piscina. Eu não dormia se eu não escutasse o que estava a volta. Tinha que saber o que estava acontecendo a minha volta. Superei choque elétrico, afogamento, ser violentada por várias pessoas. Superei. Não posso viver o passado. Hoje o medo que eu tenho é não ter medo. Tive muita amnesia. Os momentos da tortura só lembro flashs. Quando eu escrevo e coloco para fora, supero meus traumas”.

Maurício perguntou a Beatriz o que ela realmente acha que pode ter acontecido com o menino Evandro e ela até acredita que ele esteja vivo: “Eu acho que foi pedofilia. Acho que ele foi retirado de Guaratuba e foi levado para Aruba. É só um achismo, não tenho prova disso”.

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