O projeto do trem de alta velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo terá um custo de R$ 55 bilhões, mais de 30% superior ao valor estimado pelo Governo, conforme relatório do setor da construção, divulgado nesta quinta-feira pela imprensa.
Divulgado pelo jornal “A Folha de São Paulo”, o custo final do projeto representa um terço mais do montante estimado pelo Executivo, que situou o investimento em R$ 38,6 bilhões, após a atualização da inflação.
Assinado pelas quatro maiores construtoras do país e revisado por uma consultoria internacional, o documento detalha que o custo final poderia ser inferior aos R$ 50 bilhões se forem descontados os benefícios de produtividade.
No último dia 13 de abril, o Senado aprovou um projeto de lei autorizando os bancos estatais a financiarem até 60% do projeto, o que está gerando um intenso debate na oposição.
Pela proposta de lei Governo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiaria até R$ 20 bilhões do trem de alta velocidade, o que a oposição classifica de “tecnicamente inviável e megalomaníaco”.
Nos consórcios dispostos a participar da licitação do trem-bala há empresas da Espanha, Japão, Alemanha e outros países com experiência em trens de alta velocidade.
O projeto já sofreu inúmeros atrasos em relação à ideia original e parece difícil que fique pronto para os grandes eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos.