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Há exatos 32 anos, João Carlos de Oliveira entrava para a história com uma imagem que não sai da memória dos brasileiros. Precisamente no dia 15 de outubro de 1975, no Estádio Olímpico Universitário da Cidade do México, o mítico João do Pulo alcançava a marca de 17,89m no salto triplo e quebrava o recorde mundial da prova.
Desconhecido do grande público até então, o triplista brasileiro de apenas 21 anos superava em 45 centímetros o registro do georgiano Viktor Saneyev. Era apenas a segunda tentativa de João na final da prova, mas que lhe valeu a marca histórica e a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos da Cidade do México, em disputa na ocasião.
De quebra, este paulista de Pindamonhangaba ainda ajudou o Brasil a encerrar um incômodo jejum em Jogos Pan-americanos. Com seu ouro no triplo, e posteriormente no salto em distância (dois dias depois, com 8,16m), João do Pulo colocava o país no topo do pódio do atletismo em Jogos pela primeira vez desde Chicago-59.
Recebido como herói no desembarque, João foi bronze no triplo e quarto colocado no salto em distância em 76, nos Jogos Olímpicos de Montreal. A partir daí, ele traçou como seu principal objetivo os bicampeonatos nos Jogos Pan-americanos de 79, em San Juan, Porto Rico. E conseguiu, com 17,27m no triplo e 8,18m na distância, superando ninguém menos do que a jovem promessa norte-americana Carl Lewis, terceiro da final.
Os resultados colocaram o brasileiro como um dos favoritos às duas provas nas Olimpíadas de Moscou, em 80. Mas, na então capital soviética, João Carlos viu seu salto superior a 18 metros ser misteriosamente anulado pela arbitragem. Acabou tendo que se contentar com o bronze, e ficou com o registro histórico de 17,22m.
Campeão da Copa do Mundo em três ocasiões (Dusseldorf-77, Montreal-79 e Roma-81), o triplista viu seus recordes se manterem no topo por muito tempo. O Mundial caiu em 85, quando o norte-americano Willie Banks cravou 17,97m; o sul-americano, porém, só foi derrubado em 20 de maio de 2007 – quase oito anos após sua morte –, quando Jadel Gregório alcançou 17,90m no GP Brasil de atletismo.
A carreira de João foi interrompida cedo, em 22 de dezembro de 1981, quando ele sofreu um acidente de carro próximo a Campinas. Após sofrer um choque com outro automóvel na rodovia Anhangüera, o triplista teve a perna direita esmagada e posteriormente amputada. João tinha apenas 27 anos.
Posteriormente, o ex-campeão se formou em Educação Física, elegeu-se deputado federal em 86 e foi reeleito em 90. Em 99, sofreu uma infecção pulmonar e foi internado – foi quando os médicos descobriram uma hepatite C, que evoluiu para cirrose e manteve João hospitalizado por um mês.
João Carlos de Oliveira, recordista mundial do salto triplo, faleceu no dia 29 de maio de 1999, um dia antes de completar 45 anos. Ele continua sendo o brasileiro que mais ganhou medalhas de ouro no atletismo dos Jogos Pan-americanos.
Desconhecido do grande público até então, o triplista brasileiro de apenas 21 anos superava em 45 centímetros o registro do georgiano Viktor Saneyev. Era apenas a segunda tentativa de João na final da prova, mas que lhe valeu a marca histórica e a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos da Cidade do México, em disputa na ocasião.
De quebra, este paulista de Pindamonhangaba ainda ajudou o Brasil a encerrar um incômodo jejum em Jogos Pan-americanos. Com seu ouro no triplo, e posteriormente no salto em distância (dois dias depois, com 8,16m), João do Pulo colocava o país no topo do pódio do atletismo em Jogos pela primeira vez desde Chicago-59.
Recebido como herói no desembarque, João foi bronze no triplo e quarto colocado no salto em distância em 76, nos Jogos Olímpicos de Montreal. A partir daí, ele traçou como seu principal objetivo os bicampeonatos nos Jogos Pan-americanos de 79, em San Juan, Porto Rico. E conseguiu, com 17,27m no triplo e 8,18m na distância, superando ninguém menos do que a jovem promessa norte-americana Carl Lewis, terceiro da final.
Os resultados colocaram o brasileiro como um dos favoritos às duas provas nas Olimpíadas de Moscou, em 80. Mas, na então capital soviética, João Carlos viu seu salto superior a 18 metros ser misteriosamente anulado pela arbitragem. Acabou tendo que se contentar com o bronze, e ficou com o registro histórico de 17,22m.
Campeão da Copa do Mundo em três ocasiões (Dusseldorf-77, Montreal-79 e Roma-81), o triplista viu seus recordes se manterem no topo por muito tempo. O Mundial caiu em 85, quando o norte-americano Willie Banks cravou 17,97m; o sul-americano, porém, só foi derrubado em 20 de maio de 2007 – quase oito anos após sua morte –, quando Jadel Gregório alcançou 17,90m no GP Brasil de atletismo.
A carreira de João foi interrompida cedo, em 22 de dezembro de 1981, quando ele sofreu um acidente de carro próximo a Campinas. Após sofrer um choque com outro automóvel na rodovia Anhangüera, o triplista teve a perna direita esmagada e posteriormente amputada. João tinha apenas 27 anos.
Posteriormente, o ex-campeão se formou em Educação Física, elegeu-se deputado federal em 86 e foi reeleito em 90. Em 99, sofreu uma infecção pulmonar e foi internado – foi quando os médicos descobriram uma hepatite C, que evoluiu para cirrose e manteve João hospitalizado por um mês.
João Carlos de Oliveira, recordista mundial do salto triplo, faleceu no dia 29 de maio de 1999, um dia antes de completar 45 anos. Ele continua sendo o brasileiro que mais ganhou medalhas de ouro no atletismo dos Jogos Pan-americanos.
