Mais uma vez, o Campeonato Nacional Masculino de Basquete foi discutido na Justiça. Na última quarta-feira (17/5), o advogado Rogério Derbly entrou com uma petição na 46ª Vara Cível do Rio de Janeiro cobrando o pagamento da ajuda de custo que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) deu aos clubes dos grupos A e B. Cada uma destas equipes recebeu R$ 20 mil da entidade.
A liminar cautelar inominada foi apresentada em nome da Basketball Promoções e Empreendimentos. Mas, de acordo com Derbly, todas as quatro equipes que participaram do grupo C – Telemar/Rio, Uniara/Lupo/Araraquara, Ulbra/Torres e Keltek/Basketball/São José dos Pinhais – pleiteam a mesma coisa.
“A única diferença é do Telemar que pediu o dinheiro e a inclusão do Arnaldinho na competição”, explica o advogado. O jogador está jogando por força de uma liminar concedida também pela 46ª Vara porque não teve sua inscrição aceita pela Confederação.
Teoricamente, a nova liminar não coloca em risco a realização do hexagonal semifinal, que está sendo disputado em Franca (SP). Mas as dores de cabeça da CBB não devem parar por aí. Isso porque Derbly afirma que os clubes irão contestar na Justiça o acordo feito entre a Confederação e o Grajaú Country Club.
Na última semana, o time carioca havia conseguido uma liminar determinando sua reintegração na competição. Se isto fosse posto em prática, toda a classificação do grupo C teria de ser revista para que os jogos do Grajaú fossem realizados, colocando em risco o prazo limite para o término do Nacional. O torneio precisa ser encerrado até 2/6, no máximo, para não comprometer a programação da seleção brasileira masculina que disputará o Campeonato Mundial, em agosto, no Japão.
A Confederação entrou em acordo com o clube que desistiu da participação nesta temporada. Em troca, o Grajaú obteve a garantia de que teria vaga assegurada no Nacional de 2007. É isto que Derbly irá contestar. “Um time não pode se classificar se não for por critérios técnicos”, argumenta. “Vamos questionar os termos do acordo”, promete.