Uma equipe de cientistas da Universidade de Innsbruck, ailment na Áustria, desenvolveu um material osteossintético que serve para unir ossos em uma operação e que posteriormente se dissolve, não precisando ser retirado em uma segunda cirurgia.
Segundo o jornal “Die Presse”, o grupo liderado pelo médico Michael Rasse, especialista em cirurgias de reconstrução, utiliza em suas operações parafusos e placas que se decompõem um ou dois anos depois, transformando-se em dióxido de carbono e água.
De acordo com Rasse, este método pode ser usado em qualquer paciente, mas é ainda mais recomendado para crianças e jovens que estão em idade de crescimento e nos quais os materiais usados tradicionalmente neste tipo de operação, como o titânio e o aço, não são adequados.
O novo material, chamado Resorb X, também oferece melhores condições para implantes faciais e para o tratamento da ossificação de suturas cranianas em crianças recém-nascidas.
Essa síndrome congênita, que ocorre em um parto a cada 2 mil, precisa de tratamento porque causa assimetrias no crânio que podem levar a transtornos da função cerebral e cegueira, entre outros problemas.
Nesses casos, é necessário que o cirurgião recomponha o crânio, separe os ossos e os junte novamente na posição correta.
Quando placas e parafusos de aço são usados, é necessário fazer uma segunda operação para retirá-los, já que o metal – um material estranho ao corpo – perde a função uma vez curada a fratura.
Porém, a necessidade da segunda operação traz consideráveis desvantagens por apresentar todos os riscos de uma intervenção cirúrgica, como as possíveis complicações por anestesia, infecções e até danos nos nervos.
Quando uma lâmina de metal é implantada no crânio de uma criança, esta pode acabar “migrando”, e a operação para eliminá-la é muito arriscada.
Materiais sintéticos que dissolvem sozinhos já eram usados anteriormente, mas eram menos estáveis, e não se decompunham tão facilmente como acontece com o Resorb X.