PATRÍCIA PASQUINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Vinte e três cidades de São Paulo já expandiram a faixa etária do público-alvo que pode tomar a vacina contra a dengue, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.
A medida foi autorizada pelo Ministério da Saúde no último dia 14. De acordo com a recomendação, imunizantes que estiverem a dois meses do fim do prazo de validade poderão ser aplicados em pessoas de 6 a 16 anos ou remanejados para cidades que ainda não fazem parte do esquema.
Já as doses que estiverem a um mês do vencimento poderão ser dadas a pessoas que tenham entre 4 anos e 59 anos, 11 meses e 29 dias, conforme indicação da bula da Qdenga, da farmacêutica Takeda.
A vacina é aplicada em duas doses, e o intervalo mínimo entre as doses deve ser de três meses.
Durante agenda nesta semana em São Paulo, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que haverá vacina suficiente para a segunda dose nas cidades que decidirem ampliar o público-alvo.
CIDADES COM VACINAÇÃO PARA PÚBLICO DE 4 A 59 ANOS
– Canas
– Queluz
– Bananal
– Roseira
– Santa Branca
– Quintana
– Macatuba
– Agudos
– Bariri
– Mineiros do Tietê
– Lençóis Paulistas
– Jaú
– Capela do Alto
CIDADES COM VACINAÇÃO PARA PÚBLICO DE 6 A 16 ANOS
– Reginópolis
– Pederneiras
– Balbinos
– Presidente Alves
– Restinga
– Lupércio
– Tietê
– Boituva
– Ibiúna
– Votorantim
Na cidade de São Paulo, de acordo com Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal da Saúde, as doses da vacina contra a dengue começarão a vencer em novembro deste ano.
A vacinação ocorre em 392 municípios paulistas e segue os critérios definidos pelo Ministério da Saúde.
A aquisição e distribuição da vacina são responsabilidades do órgão federal. Cabe ao estado a dispensação para os municípios, que devem organizar as próprias estratégias de imunização.
SP ESTÁ EM EPIDEMIA PARA A DENGUE
Dados do Painel de Arboviroses da Secretaria Estadual da Saúde atualizados nesta sexta-feira (21) mostram que o estado de São Paulo tem incidência de 303 casos por 100 mil habitantes e está epidêmico para a dengue.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde, considera-se epidemia quando a incidência ultrapassa a casa de 300 casos por 100 mil habitantes.
Na quarta (19), o Governo de São Paulo já havia decretado situação de emergência por dengue em todo o território paulista.
De 1º de janeiro até o momento, o estado contabiliza 134.798 casos confirmados de dengue e 126 mortes -87.003 casos e 252 óbitos estão em investigação.
Na capital paulista a incidência ainda é baixa, de 52,5 casos por 100 mil habitantes. A cidade confirmou 6.004 casos e uma morte por dengue em 2025. Há também 919 casos e 20 óbitos em investigação.
Dos 17 DRS (Departamentos Regionais de Saúde), 9 tem taxas epidêmicas, ou seja, acima de 300. São eles: São José do Rio Preto (2.349,30), Araçatuba (2.254,96), São João da Boa Vista (1.163,07), Araraquara (983,13), Ribeirão Preto (699,61), Marília (557,09), Presidente Prudente (477,43), Barretos (418,37) e Bauru (329,81).
Nesta quinta (20), o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 1,34 milhão para apoiar São José do Rio Preto nas ações para controle da epidemia. O anúncio foi feito pela ministra durante inauguração do centro de hidratação para pacientes com dengue no município.
SOROTIPOS 1, 2 E 3 DO VÍRUS DA DENGUE PREDOMINAM NO ESTADO
Sorotipos – Departamentos Regionais de Saúde
1, 2 e 3 – Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Grande São Paulo, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto
1 e 2 – Marília, Piracicaba e Presidente Prudente
2 – Baixada Santista e Sorocaba
2 e 3 – Franca
1 – Registro e Taubaté