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Brasil

China tem rede de cibercensura <i>sem comparação no mundo</i>, denuncia RSF

Arquivo Geral

10/10/2007 0h00

A China é o único país a possuir dezenas de milhares de cibercensores e ciberpoliciais, search que fazem parte de uma rede de vigilância “sem comparação no mundo”, viagra 100mg segundo um relatório divulgado hoje, sildenafil em Pequim, pela organização Repórteres sem Fronteiras (RSF).

Intitulado “Viagem ao coração da censura na internet”, o dossiê, elaborado por um técnico chinês do setor, descreve como a China vigia a rede graças a uma mistura de tecnologias de filtragem, vigilância da “ciberpolícia” e propaganda.

Segundo o técnico, o complexo sistema conta com cinco organismos que redigem relatórios sobre as informações digitais, sondam a opinião pública e proíbem a publicação de artigos.

Os encarregados da censura recebem cursos “nos quais aprendem a praticar melhor a censura e a autocensura”.

Os executivos das empresas digitais também estão submetidos ao controle ideológico e, uma vez ao ano, devem participar de uma viagem “aos locais emblemáticos do comunismo”, segundo o relatório.

Para dar suas instruções, os órgãos de controle utilizam sobretudo mensagens de celular e programas de comunicação online, através dos quais Pequim veta informações, suprime comentários ou dá orientações sobre determinadas coberturas.

“Nos casos de comemorações importantes ou de discursos dos dirigentes chineses, os artigos relativos ao Mundial de Futebol (realizado na Alemanha) devem ceder-lhes lugar”, cita o relatório, como um dos exemplos de controle estatal sobre o conteúdo dos veículos online.

As punições para os que ignorarem as diretrizes vão desde a crítica oficial do site até o fechamento de seções, passando por multas e demissão dos responsáveis.

“O complexo sistema de vigilância se articulou aparentemente em 2005, com a criação do Escritório de Gestão da Informação pela Internet de Pequim, que passou de uma vigilância passiva (proibir a publicação de determinadas informações) a uma gestão ativa (obrigação de publicar propaganda governamental)”, explica o relatório.

“Quando um assunto mobiliza a atenção dos meios digitais e da opinião pública, os membros do Escritório, por ordem de seus superiores ou por iniciativa própria, lembram aos sites a importância da estabilidade política e social da China”, acrescenta.

A China tem 163 milhões de internautas (12% de sua população), e 1,3 milhão de sites de internet.

Segundo a RSF, a internet é a “primeira ferramenta a oferecer um espaço de expressão direto à população chinesa”, e por isso Pequim investiu milhões de dólares para manter seu controle, iniciativa que nem sempre é bem sucedida, devido ao incessante desenvolvimento das tecnologias digitais.

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