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Brasil

Chefe da facção TCP é morto durante operação policial no Rio

Cria era apontado como responsável por dezenas de homicídios e disputas territoriais da facção

Redação Jornal de Brasília

26/09/2025 14h19

"Cria"

Divulgação / Polícia Civil do Rio de Janeiro

UOL/FOLHAPRESS

Apontado pela polícia como um dos chefes da facção TCP (Terceiro Comando Puro), Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria, foi morto na manhã desta sexta-feira (26) durante uma operação da Polícia Civil fluminense no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.


Polícia informou que “neutralizou” Cria após confronto com agentes. Em nota, a corporação informou que o suposto líder do TCP foi morto após atacar policiais durante uma operação “emergencial”, realizada depois que investigadores identificaram a possibilidade de uma invasão de criminosos da facção a uma comunidade dominada por grupo rival.


“A Polícia Civil já monitorava esse narcotraficante ligado ao Terceiro Comando Puro (TCP) há 60 dias. Nesta sexta, percebemos uma movimentação atípica no Complexo da Maré, mostrando que uma invasão ao Morro dos Macacos era eminente”, disse o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, durante coletiva de imprensa.


Cria era “um dos mais sanguinários e perigosos narcoterroristas do Rio”, divulgou a PCERJ. Segundo Curi, ele era considerado “o homem da guerra” que “planejava as invasões e disputa territorial” do TCP. “É um narcoterrorista, responsável por dezenas de homicídios, extremamente perigoso e matava não só criminosos rivais, mas também moradores por simples desconfiança”, acrescentou o delegado.


“Tirar essa pessoa de circulação é muito importante”, afirmou secretario. “Por conta da relevância dele na facção e pela sanha expansionista que ele tinha, porque era considerado um homem da guerra do TCP e que planejava todas essas guerras por disputa territorial”, completou Curi durante coletiva de imprensa.


Operação ocorreu nas comunidades Vila do João e Vila dos Pinheiros.

Ainda segundo as investigações, criminosos do TCP estavam levando o tráfico de drogas para próximo das escolas com o objetivo de afastar ações policiais. A Polícia Civil divulgou que Cria foi localizado em uma casa ao lado de uma creche, antes de ser morto pelos agentes.

A corporação não informou se outras pessoas foram mortas ou feridas durante a operação.


Outro suspeito apontado como líder do TPC foi morto em maio em operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). À época, a Polícia Militar do Rio divulgou que Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, também morto pela polícia na Maré, dividia o comando da facção na região com Cria e Michel de Souza Malveira, conhecido como Bill ou Mangolê.


Cria era conhecido como um dos criminosos mais violentos da facção. Ele era apontado por autoridades como responsável pela articulação de ataques a policiais e operações de confronto direto.


Operações policiais e tiroteios frequentes entre criminosos ligados ao CV (Comando Vermelho) e ao TCP reforçam a preocupação de quem vive na Maré. Nesses confrontos, inocentes são atingidos e mortos, conforme apuração da reportagem sobre o que está por trás da guerra de facções na zona norte do Rio.

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