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Brasil

Catador é encontrado morto em casa onde acumulava toneladas de lixo em Piracicaba

Na noite de terça, os bombeiros encontraram portas, janelas e outras entradas totalmente bloqueadas pelo acúmulo de material

Redação Jornal de Brasília

22/07/2022 6h32

Após três dias desaparecido, um catador de recicláveis foi encontrado morto nesta quarta-feira, 20, em meio a uma montanha de material que abarrotava todos os cômodos de sua casa, em Piracicaba, interior de São Paulo. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil precisaram remover toneladas de detritos para chegar ao local onde estava o corpo. Segundo familiares, Paulo Sérgio Garcia, de 52 anos, acumulava material havia 30 anos.

O corpo da vítima foi sepultado nesta quinta-feira, 21. A Polícia Civil aguarda o laudo da perícia realizada no Instituto Médico Legal (IML) para definir as causas da morte. A hipótese é de morte natural, pois, segundo os vizinhos, o reciclador vinha reclamando de dores no peito.

Moradores vizinhos notaram que Garcia não saiu de casa na segunda-feira, mas só estranharam a ausência dele um dia depois. À noite de terça, os bombeiros foram até a casa, mas encontraram portas, janelas e outras entradas totalmente bloqueadas pelo acúmulo de material.

No dia seguinte, foi preciso abrir um túnel em meio aos entulhos, que se empilhavam do chão ao teto, para adentrar a residência. Conforme a Defesa Civil, o corpo estava no fundo do imóvel. Durante a abertura do caminho para a entrada dos bombeiros, o lixo precisou ser removido para a rua, que teve de ser interditada. Ao mesmo tempo, equipes da prefeitura iniciaram a remoção do lixo e material inservível. Até a tarde desta quinta, haviam sido removidos oito caminhões de lixo, totalizando cerca de 80 metros cúbicos.

Familiares de Garcia que moram em outra cidade disseram que deixaram de visitá-lo, pois não conseguiam entrar na casa. Conforme os parentes, o reciclador começou a coletar e vender material há 30 anos. Após a morte da mãe, há dez anos, o homem deixou de fazer as vendas, mas continuou acumulando os recicláveis.

A prefeitura de Piracicaba informou que, em fevereiro deste ano, constatou a situação de acúmulo de material na residência, mas não conseguiu autorização do proprietário para fazer a retirada. Segundo o município, foi aberto processo para entrada forçada, mas ainda não havia saído a ordem judicial.

Estadão Conteúdo

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