O empresário Thiago Brennand publicou nesta terça, 25, mais um vídeo em seu canal do Youtube, onde volta a rebater as acusações que o cercam por crimes sexuais e agressões. Brennand está em Abu Dabhi, nos Emirados Árabes, aguardando o processo de sua extradição para o Brasil, onde está com a prisão decretada. Ele começa sua fala afirmando que seus vídeos foram apagados da plataforma e que, diferentemente do que teria sido veiculado pela imprensa, não viveria de uma herança.
Brennand exibe prints de um contrato em seu nome, no qual teria recebido R$ 20 milhões e diz que seu pai foi ‘o maior contribuinte’ de ISS do Estado do Pernambuco.
Ele volta a atacar a advogada e ex-promotora do Ministério Público de São Paulo Gabriela Manssur, que representa algumas mulheres que o acusam de crimes sexuais. Brennand se refere à advogada como ‘professora de abuso de poder’ e comenta a candidatura dela ao cargo de deputada federal. “Nunca usei o erário para me candidatar, nunca participei de conluio nenhum.”
Brennand dirige impropérios à ex-promotora, a quem chama de ‘babaca’. Afirma sofrer perseguição. “Se fazem isso comigo, imagina o que não fazem com uma pessoa que não tem voz.”
Ele manda um recado a Gabriela Manssur, em referência às mulheres que o acusam e para as quais a ex-promotora advoga. “Pare de arregimentar esse rol de prostitutas que está feio.” Ele mostra uma foto de Gabriela e, em seguida, coloca a legenda ‘não é um traveco, prometo’.O empresário também ataca o advogado Marcio Janjacomo, que atua representando algumas vítimas, dizendo que ele ‘sequer frequentou as aulas de português’ e ‘pega prostitutas e chama isso de agência de modelos’. Brennand chega a mencionar o nome de uma das vítimas afirmando que ela pegou seu dinheiro duas vezes.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, também é mencionado no vídeo. Além de ser chamado de ‘canalha’, ‘covarde’, ‘vagabundo’ e ‘bunda mole’, Brennand afirma que ele faria parte de um conluio para incriminá-lo injustamente. “Sarrubo, aparece aí, que vou contar da nossa briga lá pela FAAP Se vocês quiserem me chamar pra uma live, eu faço'”, desafia.
Ele cita novamente a advogada Dora Cavalcanti, que assumiu a defesa dele por um breve período. “Canalha, petralha. Deve estar alinhada com a Gleise e com o pessoal do ministério.”
O vídeo também contém um apelo ao atual governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Brennand critica o fato de ele ter supostamente ‘cogitado Gabriela Manssur como sua vice durante a campanha’ e de ter ‘prometido a ela uma secretaria se ela perdesse as eleições’.
A respeito das ordens de prisão que pairam contra ele – uma da juíza da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Erika Mascarenhas, e outra do e outra do juiz da 1ª Vara de Porto Feliz, Jorge Panserini – ele diz que ‘só falta me colocar de castigo embaixo de uma árvore’.
Em vários momentos, o empresário se refere às pessoas a quem ele atribui a perseguição como partidárias do petismo, organizadas para incriminá-lo injustamente. Ele afirma que Manssur usa uma ‘toga vermelha’, que os jornalistas ‘vivem num mundinho tão maluco’ e que ‘jamais houve um pai como eu. Tudo que eu faço, eu faço com amor’.
Estadão Conteúdo