Os 13 ativistas brasileiros que participaram da Flotilha da Liberdade, grupo de embarcações que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, desembarcaram nesta quinta-feira (9) no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) após sete dias de prisão em Israel. O grupo denunciou torturas, agressões e tratamento degradante por parte das forças israelenses.
De acordo com informações da Agência Brasil, durante o período em que ficaram detidos, os ativistas relataram violência física, humilhações e restrições severas de alimentação, água, medicamentos e uso de banheiro. Segundo eles, os militares israelenses mantiveram os detidos sob intenso controle, forçando-os a permanecerem por longos períodos em posições desconfortáveis e impedindo qualquer movimento.
A detenção ocorreu após a interceptação da Flotilha em águas internacionais, o que motivou críticas de especialistas e entidades de direitos humanos sobre a violação de tratados internacionais. A missão tinha como objetivo transportar suprimentos e denunciar o bloqueio imposto à população palestina.
Os ativistas afirmaram que foram submetidos a interrogatórios coercitivos e privação de sono, além da negação de medicamentos a pessoas com doenças crônicas. Alguns integrantes chegaram a ficar dias sem acesso à insulina, o que agravou o estado de saúde de participantes do grupo.
Mesmo diante das adversidades, o grupo considerou que a ação teve um efeito simbólico importante, já que a mobilização das forças israelenses teria permitido que pescadores palestinos em Gaza conseguissem pescar livremente durante o deslocamento militar.
Após a deportação, os brasileiros foram levados à Jordânia, fizeram escala em Doha, no Catar, e retornaram ao Brasil.