O Brasil respondeu hoje as acusações dos Estados Unidos de que os países emergentes estão bloqueando a Rodada de Doha.
“Nós fomos muito ativos em tratar de manter a rodada viva”, viagra dosage  disse em entrevista coletiva o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Itamaraty, Roberto Azevedo.
Azevedo se mostrou surpreso com a atitude dos Estados Unidos,que segue negociando diversas questões relacionadas ao setor agrícola com seus agricultores, mas pede aos países em desenvolvimento que aceitem completamente a proposta sobre indústria.
“Eles podem escolher, e nós temos que aceitar o texto como é”, criticou.
Azevedo lembrou que ontem, terça-feira, mais de noventa países em desenvolvimento assinaram um documento no qual expunham seu desacordo com a proposta de produtos industriais.
Ele lembrou que, para os países em desenvolvimento, “as duas áreas (agricultura e produtos industriais) estão ligadas, e por isso uma negociação não pode ser finalizada até que a outra seja definida”.
“Com o nível de incerteza que temos em relação à agricultura, é impossível dizer hoje o que vai acontecer”, acrescentou.
Azevedo criticou os países desenvolvidos, que acusou de terem ambições baixas em agricultura, mas demasiadamente altas em relação aos produtos industriais.
No entanto, deixou claro que o Brasil continua otimista, e que não está pedindo nada “que não seja razoável”.
Ele acusou os Estados Unidos e a União Européia de pedirem algo que é “injusto, não razoável e irracional”.
Azevedo destacou que é preciso levar em conta que se está negociando com os Estados Unidos quando o Governo não tem a permissão do Congresso para seguir fazendo-o.
A Rodada de Doha teve início há seis anos, no Qatar, com o objetivo de liberalizar o comércio mundial e ajudar os países emergentes a se desenvolver.