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Brasil

Brasil atinge produção de etanol para misturar à gasolina em 2010

Arquivo Geral

09/12/2009 0h00

A União da Indústria da cana-de-açúcar (Única) do Brasil garantiu hoje para o próximo ano a produção de etanol anidro para cumprir com a mistura obrigatória de 25% à gasolina, estabelecida pelo Governo.

O diretor técnico da associação, Antonio de Pádua Rodrigues, indicou em artigo publicado no site que os níveis de produção e as reservas do álcool combustível garantem a mistura nessa quantidade.

“Com base nas informações que dispomos de produção da atual colheita e das reservas reguladoras, podemos afirmar que não será necessário fazer qualquer mudança no nível de mistura de etanol na gasolina”, afirmou.

Em novembro, alguns meios de imprensa manifestaram a possibilidade que diante de uma eventual redução da produção de etanol e dos preços altos do álcool combustível, o Governo poderia diminuir o percentual misturado.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no entanto, desmentiu e descartou qualquer possibilidade sobre esse cenário.

Apesar da redução na produção, afetada também por fatores climáticos, uma queda nas exportações permitiu que o consumo interno de etanol fosse mantido, indicou a Única.

“Iniciamos nesta safra com reservas de anidro bem superior ao que imaginávamos, o que serviu para garantir a mistura nos atuais 25%”, apontou Rodrigues.

Na terça-feira, em um balanço informal de atividades, a Única anunciou, sem divulgar números, que as exportações podem “dobrar” em 2011.

Na safra 2008-2009, o Brasil exportou 4,721 bilhões de litros de etanol, de 27,506 bilhões de litros produzidos, por um valor US$ de 2,233 bilhões, segundo dados da associação.

O presidente da entidade, Marcos Jank, comentou que as chuvas afetaram a produção com perdas financeiras que podem alcançar os R$ 3 bilhões (US$ 1,706 bilhões).

Jank participará da Cúpula da Mudança Climática de Copenhague e de uma feira ecológica paralela na capital dinamarquesa, onde exporá as vantagens dos biocombustíveis brasileiros, mas o executivo alertou que as conclusões do encontro “não darão resultados no curto prazo”.

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