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Brasil

BC desenvolve mecanismo para que clientes bloqueiem abertura de chaves Pix em nome deles

A funcionalidade será oferecida dentro do Meu BC, onde é possível acessar os serviços prestados pelo Banco Central

Redação Jornal de Brasília

10/11/2025 23h58

Prédio do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

NATHALIA GARCIA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O Banco Central trabalha em um mecanismo que permitirá que os clientes bloqueiem a abertura de chaves Pix no nome deles. O projeto está em fase inicial de desenvolvimento e ainda não tem prazo para ser implementado.


A ideia é seguir os moldes do BC Protege+, sistema criado para proteger pessoas físicas e jurídicas contra uso indevido de seus dados para abertura de contas (corrente, de poupança ou de pagamento). Nesse caso, a medida entra em vigor em dezembro.


A funcionalidade será oferecida dentro do Meu BC, onde é possível acessar os serviços prestados pelo Banco Central -como Registrato e SVR (Sistema Valores a Receber).


Com essa medida, o BC tem como objetivo evitar a abertura de contas fraudulentas, com identidade falsa, ou a inclusão de um novo titular em contas conjuntas ou de novos responsáveis em contas de pessoas jurídicas (empresas).


O tema foi discutido pelo chefe-adjunto do departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, em live promovida pela ABDE (Associação Brasileira de Direito e Economia) na semana passada sobre segurança digital.


“No começo de dezembro, vai entrar uma funcionalidade em que a gente pode assinalar e proibir a abertura de contas no nosso nome, para evitar falsidade ideológica”, disse o técnico do BC.


“Se você quiser de fato abrir uma conta, entra no site do Banco Central, fala ‘agora quero abrir’ e, depois [de a conta ser aberta], volta no Registrato, aperta o botão e não permite a abertura de conta. A gente vai fazer isso para chave Pix também em breve”, acrescentou.


Nos últimos meses, o BC anunciou uma série de medidas para endurecer as regras aplicadas às instituições e reforçar a segurança do sistema financeiro em resposta à infiltração do crime organizado na economia e aos ataques hackers que provocaram desvios milionários de recursos.

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