GIULIA PERUZZO
FOLHAPRESS
Bares de São Paulo estão se mobilizando nas redes sociais para afirmar que as bebidas vendidas em seus estabelecimentos são de procedência confiável. Algumas declarações ocorreram após a circulação no WhatsApp de uma lista não oficial de locais suspeitos de venderem bebidas adulteradas com metanol.
Nas pastagens, os bares alegam que a compra das bebidas são de fornecedores homologados, com nota fiscal, lacre e selo de autenticidade. Mamed Underground Club e DJ Club Bar, em nota conjunta, afirmam mantêm padrões rigorosos de armazenamento e manipulação. O bar e restaurante Casarìa São Paulo, nos Jardins, afirma que assegura que cada rótulo seja autêntico e de origem comprovada.
O bar Beleléu também alega adquirir bebidas exclusivamente de fabricantes ou distribuidores homologados, assim como o Benê Bar, que além de afirmar a autenticidade de seus produtos alerta para o consumo de bebidas de procedência duvidosa.
O Veloso Bar reforça que adquirem as bebidas exclusivamente de distribuidoras oficiais e espera que as autoridades responsabilizem os culpados com urgência. O Cabaret da Cecília garante manter uma relação de confiança de longa data com seus fornecedores.
Os bares Sala Bar, Nossa Casa e Nola Bar, Esquina do Souza, Finesse Bar, Belisco e Holy Burger também se pronunciaram afirmando garantir a procedência de suas bebidas, comprando de fornecedores autorizados, com nota fiscal, selo de autenticidade e lacre.
O restaurante Modern Mamma Osteria afirma que os fornecedores de suas bebidas são oficiais, autorizados, emitem notas fiscais e possuem selos de autenticidade e lacres invioláveis, mas anunciou a suspensão temporária de venda de destilados nas suas unidades.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) iniciou ontem (1º) um treinamento aberto para donos de estabelecimentos, em parceria com a ABBD (Associação Brasileira de Bebidas Destiladas) e a Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas), com atualizações sobre o caso e orientações formais.
Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, afirma que 10 mil estabelecimentos participaram do primeiro dia de treinamento, que continuará sendo oferecido três vezes ao dia, todos os dias, por tempo indeterminado. “Isso mostra o compromisso do dono do bar e restaurante por fazer o melhor para buscar esse conhecimento”, diz.
Até o momento, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, são 37 casos registrados de intoxicação por metanol em todo o estado, sendo dez confirmados e 27 em investigação.
O dado difere dos números divulgados pelo Ministério da Saúde, que confirmou ter recebido 39 casos no estado, sendo dez confirmados e 29 em investigação. Além desses, o ministério diz que há quatro casos investigados em Pernambuco. No total, a pasta afirma ter recebido 43 notificações de intoxicação por metanol de todo o país.