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Brasil

Após réveillon no Rio, mais de 3,3 mil garis trabalham na limpeza da cidade

Arquivo Geral

01/01/2016 12h46

Após as comemorações de milhões durante o réveillon 2016 no Rio de Janeiro, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) começou a limpeza dos locais que sediaram eventos públicos às 6 horas desta sexta-feira (31). Na orla de Copacabana, na zona sul, palco da principal festa da cidade, os garis dividiram espaço com diversas pessoas que ainda habitavam as areias da praia à espera do nascer do Sol. Como os trabalhos continuavam no começo da tarde, ainda não havia estimativa precisa da quantidade de lixo recolhida.

Segundo a Comlurb, foram mobilizados 3.358 garis (1.165 deles só em Copacabana) e 344 profissionais de limpeza para a operação. Apesar dos 1.455 contêineres instalados na cidade, houve muito trabalho para o recolhimento de garrafas, embalagens e outros itens. Para o apoio, foram disponibilizados ainda 247 veículos e equipamentos como caminhões, pás mecânicas, caminhões-pipa, varredeiras, sopradores, entre outros.

Em Copacabana, 120 garis que, pela primeira vez, fizeram a limpeza durante a festa colaboraram para agilizar o serviço da equipe da manhã. O resultado foram pistas e calçadas mais limpas logo ao amanhecer. Às 10h15, uma das pistas já havia sido liberada ao tráfego de veículos, enquanto a outra fica dedicada ao público (como ocorre aos domingos e feriados).

Porém, como muitas pessoas permaneceram na areia na área dos palcos, a limpeza por lá era mais lenta. Garis estavam tendo que trabalhar intensamente para compensar o serviço das pás mecânicas, que não estavam operando para não oferecer risco à multidão.

No réveillon 2015, a Comlurb recolheu 680 toneladas de lixo em todos os eventos, sendo 370 toneladas só em Copacabana.

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), que atuou com apoio de guardas municipais, também apertou a fiscalização a partir da madrugada de quinta-feira (31). Apenas na orla de Copacabana, foram apreendidos com ambulantes não autorizados 5.970 bebidas diversas, 686 produtos de bazar, 477 peças de vestuário, 88 quilos de alimentos perecíveis, 64 botijões de gás, 134 cangas, 106 produtos eletrônicos, nove produtos de informática, 12 carroças, 12 acessórios de carroça, 66 cadeiras, dez carrinhos de transporte de mercadorias, três barris de chope, três mesas, uma estufa para salgados, uma caixa de isopor e uma churrasqueira.

A fiscalização também desmontou 57 barracas de camping armadas irregularmente nas areias. O estacionamento em local proibido também foi alvo da operação, que rebocou 390 veículos na orla do Leme ao Leblon.

Atendimentos

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou 740 atendimentos nos cinco postos médicos montados na orla de Copacabana desde as 17h30 desta quinta-feira. A maioria foi motivado por excesso de bebidas alcoólicas, cortes, dor de cabeça e mal estar. Ao todo, 46 pessoas precisaram ser removidas para hospitais da rede de urgência e emergência municipal. Os números foram menores do que no ano passado, quando foram realizados 909 atendimentos e 64 remoções, de acordo com a SMS.

A rede estadual de saúde, que vem operando com dificuldades devido à crise financeira do Estado, informou que não possuía um balanço dos atendimentos realizados em suas unidades na noite do réveillon. Desde o dia 18 de dezembro, a rede estadual opera com um Plano de Contingência, com auxílio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. A operação vigora até o dia 7 de janeiro.

“A medida já foi usada de maneira informal, pontualmente, em outras situações e faz parte do plano de contingência, traçado de forma preventiva, considerando que o período de festas de fim de ano é crítico no que se refere a escalas de plantão médico de urgência e emergência, historicamente com muitos registros de falta de funcionários. O objetivo é garantir o atendimento e a prestação de serviços de saúde à população”, informou a Secretaria Estadual de Saúde, em nota.

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