SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Morreu neste sábado (22) o policial civil Rodrigo Nascimento, que havia sido baleado com tiros de fuzil durante a megaoperação do fim de outubro no Rio de Janeiro. Ele é o quinto agente das forças de segurança a ter morrido em decorrência da operação.
Rodrigo estava internado havia mais de 20 dias após ser atingido na barriga no alto da serra da Misericórdia, no Complexo da Penha. Ele morreu nesta madrugada no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.
A causa exata da morte não foi divulgada. Porém, em nota, a Polícia Militar divulgou que o óbito ocorreu em decorrência dos ferimentos sofridos pelo policial na operação.
O Hemorio chegou a pedir bolsas de sangue para Rodrigo, que tinha melhorado nos últimos dias e já estava sentando na cama. O delegado Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, descreveu a notícia da morte como “muito triste”. “Ele estava melhorando a cada dia. Estive no último domingo (16) visitando-o e soube depois pelo médico que ele ficou animado e chegou a sentar depois na cama.”
Polícia Civil lamentou a morte do agente, que trabalhava na 39ª DP, no bairro da Pavuna. “Mais uma vez, sentimos a dor de perder um dos nossos em decorrência da violência praticada por terroristas que afrontam o Estado e colocam a população em risco. Rodrigo honrou a nossa instituição. Sua coragem e comprometimento permanecem como exemplo. É por ele -e por todos que tombaram em serviço- que não iremos recuar.”
Não há informações sobre a data e local de velório e enterro de Rodrigo.
Mortes na megaoperação
Com a morte de Rodrigo sobe para 122 o número de mortos na Operação Contenção. Do total, cinco eram policiais, sendo três civis e dois militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
Operação Contenção aconteceu nos complexos do Alemão e da Penha contra o CV (Comando Vermelho). Entre os 122 mortos, estavam lideranças da facção em outros estados que estavam refugiadas na região.
Sete presos apontados como líderes do CV no Rio de Janeiro foram transferidos para presídios federais após determinação da Justiça.
Operação havia sido planejada há 60 dias, segundo o governo do Rio. Foram acionados agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e agentes do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro.