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Brasil

Advogado orientou mãe de Henry sobre que roupa vestir para ir depor

Monique iria optar por um macacão preto, até que o advogado sugeriu que ela usasse um conjunto branco

Redação Jornal de Brasília

09/04/2021 7h41

Foto: Reprodução

Antes de depor sobre a morte do filho, Henry Borel Medeiros, 4 anos, a mãe, Monique Medeiros, trocou de roupa pelo menos duas vezes. O depoimento foi no último dia 17 de março, nove dias após o garoto vir a óbito.

Imagens resgatadas pela Polícia Civil no celular de Monique mostram que a mãe experimentou um macacão preto e tirou foto em frente ao espelho para testar o look. Depois, consultou um advogado, que orientou a professora a optar por um conjunto social branco.

Monique foi presa na manhã de quinta (8) no âmbito das investigações da morte do filho. O padrasto de Henry, o vereador Dr. Jairinho, também foi preso. O delegado que cuida do caso, Henrique Damasceno, disse que Jairo torturou o garoto ao menos uma vez. Monique sabia.

Dr. Jairinho tentou evitar que o corpo do garoto fosse levado ao Instituto Médico Legal (IML). Após a morte do menino, o vereador ligou para um membro da saúde do estado para impedir o encaminhamento.

A defesa dos suspeitos segue afirmando que a morte foi acidental — Henry teria caído, segundo eles. Porém, laudos do Instituto Médico Legal (IML) refutam a tese e dizem que seria impossível o garoto ter uma lesão no fígado com uma queda.

Além de suspeitos de envolvimento no crime, o casal também teria atrapalhado as investigações, ameaçado testemunhas e combinado versões de depoimentos. As investigações apontam que o vereador agredia o garoto com chutes e pancadas na cabeça.

A morte

Na madrugada do dia 8 de março, Henry foi levado pelo padrasto e pela mãe a um hospital na Barra da Tijuca, onde chegou morto. Um exame de necropsia concluiu que as causas do óbito foram hemorragia interna e laceração hepática (lesão no fígado), produzidas por uma ação contundente.

No hospital, o casal disse que estava em outro quarto quando ouviu um barulho emitido pela criança e se levantou para ver o que havia acontecido. Chegando lá, teriam visto o menino caído no chão, com os olhos revirados, as mãos e pés gelados e sem respirar.

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