Em outra parte da transcrição oficial da audiência do Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre o caso de espionagem, realizada na semana passada, em Paris, foi revelado que os conselheiros defenderam a não-punição do inglês Lewis Hamilton no Mundial de Pilotos da Fórmula 1.
O advogado do britânico, Mark Philips, em um discurso emocionado, pediu para que a entidade não estragasse a briga pelo título desta temporada. “Hamilton não fez nada de errado. Ele tem pilotado brilhantemente e lidera o campeonato por três (atualmente dois) pontos”.
“Se a McLaren for banida de competir nas corridas restantes, ele não será capaz de disputar as últimas quatro provas. Ele perderia pontos que obteve com méritos nos últimos meses. O mesmo vale para 2008: se a McLaren for excluída, Hamilton não terá como correr e a equipe perderia seu piloto”, continuou Phillips, evidenciando a vontade de seu cliente de continuar na escuderia de Woking.
“Talvez ele pilote para alguém. Porém, ele gostaria de competir pela McLaren por toda a sua vida, pois ele corre por lá desde jovem e teve todo apoio à sua carreira na McLaren”, afirmou o advogado.
“Seria um desastre para a F-1 e para todos que amam este esporte. Seria também um desastre para a Ferrari. Não creio que a eles gostariam de ver a McLaren eliminada. Nós respeitosamente achamos que pilotos como Kimi Raikkonen e Felipe Massa ficariam chateados se ganhassem o campeonato sem os dois principais rivais”, afirmou o britânico.
“Quando vocês considerarem o que é justo proporcionar, os convidaria a pensar que o mundo quer ver os pilotos competindo dentro da pista pelo título. Eles não querem ver tudo decidido por advogados. Nós pedimos para vocês não afetarem o mundial”, finalizou Mark Philips.