Neste domingo (28), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou nota questionando decisão judicial da justiça de Pernambuco que pede prisão preventiva do jornalista Ricardo Antunes.
A decisão foi deferida pela juíza Andréa Calado, da 11ª Vara Criminal de Recife, foi tomada no âmbito de um processo criminal movido pelo promotor Flávio Roberto Falcão Pedrosa, do Ministério Público Estadual, por causa de reportagens e declarações de Antunes a respeito do servidor público.
Ricardo alegou à Abraji que estava de férias em Madri e portanto, não conseguiria estar presente e além disso, o local onde ele estava apresentava problemas de conexão na internet.
A Justiça de Pernambuco entendeu que Antunes descumpriu decisão judicial anterior que havia determinado a retirada do ar das reportagens publicadas pelo jornalista e que teve comportamento evasivo, visto que teria feito uma live em sua conta no Instagram momentos antes da audiência. Porém, a defesa de Antunes afirma que todos os links de reportagens e vídeos afetados pela decisão da Justiça teriam sido retirados do ar, à exceção de um que foi mantido em rede social por equívoco.
“O processo no qual Antunes é réu trata-se de uma investigação de suposto crime contra a honra. Pelos parâmetros internacionais, ofensas dessa natureza, como injúria e difamação, deveriam ser tratados na área cível, pela qual a parte atingida poderia buscar reparação. O Brasil, entretanto, ainda mantém essas investigações na esfera penal”, se pronunciou a ABRAJI.
A Associação disse esperar que a Justiça acolha os pedidos do jornalista para que essa severa decisão seja reformada e que ele possa retornar ao país sem risco de ter sua liberdade cerceada