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Brasília

“Vampiro” é condenado por homicídio qualificado 6 meses após o crime.

TJDFT considerou o delito peculiar e extremamente grave. O acusado ficou conhecido como “vampiro” após beber o sangue da vítima e carbonizar o corpo

Redação Jornal de Brasília

20/04/2022 17h44

Por Tereza Neuberger
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) julgou nesta segunda-feira(18), André Soares Ferreira, de 39 anos, acusado de cometer um crime bárbaro há cerca de 6 meses em Samambaia Norte. O réu teria matado, esquartejado e carbonizado o corpo, além de beber o sangue da vítima, Antônio Carlos Pires de Lima, de 33 anos.

O assassino que ficou conhecido como “vampiro” após beber o sangue da vítima, foi condenado por homicídio qualificado consumado com uma pena de 28 anos de reclusão, um ano e seis meses de detenção e 30 dias de multa, pelo Tribunal de Júri da Circunscrição Judiciária de Samambaia-DF.

O réu estava em cumprimento de pena quando cometeu o novo crime, e possuía uma extensa ficha de antecedentes. O TJDFT considerou o delito peculiar e extremamente grave, ao ser constatado que a vítima foi morta em sua própria residência onde residia na companhia do assassino.

Conforme os autos do processo, André teria utilizado um carrinho de supermercado para transportar a vítima após matá-la. Ele teria ateado fogo inicialmente no sofá em que Antônio Carlos costumava dormir, em seguida com o auxílio do carrinho despejou o corpo da vítima no local para que igualmente fosse queimado.

De acordo com testemunhas, o criminoso era dado à prática de rituais satânicos e no momento do crime trajava uma roupa vermelha e capa preta. O “modus operandi” do assassinato representou “um absurdo nível de frieza, ousadia e destemor”, na visão do júri, o que contribuiu para elevar a pena de André Soares.

A identificação da vítima foi bastante dificultada pela ação conhecida como “microondas”, que consiste em carbonizar o corpo para ocultá-lo. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o corpo foi esquartejado e carbonizado após a morte. A identificação foi possível através de intenso trabalho do IPNA/PCDF.

Relembre o Caso

O catador de recicláveis, Antônio Carlos Pires de Lima, morava com o assassino André Soares Ferreira, que também trabalhava com recicláveis. Antônio foi assassinado no dia 04 de outubro de 2021 pelo companheiro de residência.

O corpo de Antônio Carlos Pires de Lima, foi encontrado mutilado e carbonizado em um terreno baldio na QR 405 em Samambaia Norte. A principal suspeita era de que a vítima tenha sido executada durante um ritual macabro realizado dentro da casa em que residia com o assassino, localizada próxima ao local onde o corpo foi encontrado.

No local onde ambos moravam a Polícia Civil do Distrito Federal encontrou desenhos de um demônio, junto ao número 666 e ainda um cartaz de uma série de terror e fantasia espanhola chamada “Me Conte uma História”.

O suspeito foi identificado através da operação Macabro que foi coordenada pelo Delegado adjunto da 26ª Delegacia de Polícia, Rodrigo Carbone. A Polícia conseguiu identificar o suspeito através de imagens de câmeras de segurança.

A vítima foi morta a golpes de tesoura enquanto dormia, no sofá da casa abandonada, onde o crime foi consumado. O suspeito teria tapado a boca da vítima com as mãos e utilizado uma luva de motociclista. Com o avanço das investigações por parte da PCDF, surgem mais detalhes sobre o crime.

Segundo as investigações, o assassino teria escolhido Antônio Carlos Pires de Lima para morrer aos 33 anos, justamente por ter a mesma idade de Jesus Cristo quando foi crucificado. Ele se intitulava como sendo “Cabal:o completo, o rigoroso, o absoluto”. E andava com um crânio sintético dentro de uma tigela, onde logo após o crime colocou o sangue da vítima, misturado com o dele e bebeu.

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