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Suspeito de matar esposa estrangulada se passou por ela para pedir dinheiro à família após crime

Após cometer o crime, o rapaz usou o celular da esposa para entrar em contato com uma tia dela e pedir uma transferência de R$50

Redação Jornal de Brasília

11/11/2020 9h38

O ajudante de pedreiro de 20 anos suspeito de matar a companheira, de 19, se passou pela vítima, Sabrina Wanessa da Silva Lima, para pedir dinheiro a tia dela menos de 24 horas após cometer o crime.

O homicídio ocorreu em Parelheiros, distrito localizado na Zona Sul do município de São Paulo, onde o casal morava. Após o crime, o suspeito foi expulso da comunidade e fugiu para a Baixada Santista. Posteriormente, ele decidiu se entregar e foi até uma delegacia em Santos, no litoral paulista, para confessar o crime.

Aos policiais da Delegacia de Investigações Gerais (Deic), o jovem contou que, no dia 4 de novembro, por volta das 20h30, matou a companheira estrangulada.

Após cometer o crime, o rapaz usou o celular da esposa para entrar em contato com uma tia dela e pedir dinheiro. Francisca Rodrigues da Silva relatou ao Portal G1 que recebeu uma mensagem do número da sobrinha no último dia 5, por volta das 14h. Nas mensagens, o suspeito teria se passado pela vítima e afirmado que havia saído de casa e precisava de R$ 50.

Foto: Arquivo pessoal

Desconfiada da situação e preocupada com a sobrinha, Francisca pediu para ligar para Sabrina, no entanto, o rapaz desconversava, dizendo que a bateria estava acabando e pedindo para que ela depositasse o dinheiro. “Eu disse que ia ver se conseguia fazer a transferência e pedi o número da conta. Ele mandou o número da conta dela e também o dele. Nessa hora, eu liguei para ela”, explica.

Com a desculpa que a bateria estava fraca, ele não atendeu a ligação e insistiu para que a tia efetuasse o deposito. Por volta das 18h45, o rapaz enviou outra mensagem avisando que a transação não tinha dado certo, e perguntando se Francisca havia mesmo transferido o dinheiro, pois não havia nada na conta e não sabia como ir embora.

Foto: Arquivo pessoal

Após esse episódio, Francisca relatou que não conseguiu entra em contato com a sobrinha novamente. O rapaz ainda teria proposto a ajudar na procura por Sabrina, mas sempre dizia que não a havia encontrado.

Entenda o caso

Nessa segunda-feira (9), um ajudante de pedreiro de 20 anos confessou à Polícia Civil que assassinou a esposa, uma jovem de 19 anos, após descobrir uma traição. O corpo da vítima, Sabrina Wanessa da Silva Lima, foi encontrado quatro dias após o crime.

O suspeito contou que ele e a vítima namoravam desde 2017 e estavam casado há quatro meses. Ele relatou que descobriu que havia sido traído após flagrar a esposa com outro, um conhecido dele. Após isso, o ajudante de pedreiro teria pedido para a mulher sair da residência, mas, segundo ele, teria negado a traição e continuou a morar no local.

No dia do crime, o suspeito alegou que conversou sobre o ocorrido com a esposa mais uma vez. Durante a discussão, ele disse que a viu beijando o conhecido dele, mas que ela teria negado a traição mais uma vez. Na sequência, ele teria dito que ligaria para um amigo deles que também havia flagrado a traição.

Com isso, o suspeito afirma que a vítima teria confessado que ficou com outro. Além disso, ele afirma que a mulher debochou dele, o chamando de “corno” e “otário”. Ele relata que, depois disso, deu um ‘mata-leão’ na jovem e, em seguida, amarrou um fio de extensão e uma blusa ao pescoço dela para acelerar sua morte.

A versão apresentada pelo acusado foi contestada pela mãe dele e pela sogra, mãe da vítima. A mãe de Sabrina afirmou às autoridades que a filha tinha dito a ela, há alguns dias, que estava querendo ir embora da casa, mas o rapaz não deixava.

A jovem ainda teria relatado à mãe, com quem conversava diariamente por mensagens, que o suspeito vinha pegando dinheiro dela, e que ela não aguentava mais, por isso iria embora na quinta-feira, um dia depois de ser morta. A sogra de Sabrina confirmou a versão.

O caso foi registrado como homicídio qualificado no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo neste domingo (8).

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