A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), prendeu quatro pessoas durante a Operação Rastreio Falso, deflagrada nesta semana em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Entre os detidos está um servidor público da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), suspeito de inserir informações falsas em sistemas oficiais para acobertar movimentações fictícias de bovinos e desviar cerca de R$ 100 mil.
De acordo com as investigações, o servidor — lotado na unidade da Agrodefesa de Luziânia — autorizava pagamentos de vacinas e emitia atestados falsos para encobrir as operações fraudulentas. As movimentações financeiras irregulares ocorreram em menos de um mês, em conluio com um corretor de gado já investigado na segunda fase da Operação Paper Ox, deflagrada em julho de 2025.
A ação cumpriu quatro mandados de prisão temporária, além de buscas e apreensões, bloqueio de ativos financeiros e sequestro de bens. Parte das diligências segue em sigilo para garantir o avanço das apurações.
As investigações contaram com apoio técnico da Agrodefesa, que forneceu relatórios de auditoria e fiscalização usados como base para comprovar as fraudes.
A Operação Rastreio Falso marca a terceira ofensiva da DERCR em um ano contra esquemas de falsificação de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e notas fiscais irregulares no estado. As fases anteriores — Paper Ox (2024) e Paper Ox II (2025) — também desmantelaram redes criminosas envolvidas em fraudes no comércio de gado.