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Preparador de elenco de novela é denunciado e investigado por importunação sexual

Sérgio abusava do toque corporal de várias formas, justificando suas ações na sua forma peculiar de ensinar

Redação Jornal de Brasília

24/01/2022 8h31

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O preparador de elenco Sergio Luiz Penna foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelo crime de importunação sexual contra quatro alunas de cursos de expressão artística, realizados em espaços na Barra da Tijuca e em Copacabana, nos anos de 2016 e 2019. De acordo com investigações da 13ª DP (Ipanema), ele aproveitou da sua participação nesses cenários, e a necessidade de contato corporal entre os instrutores em determinados exercícios, para abusar de pelo menos 30 atrizes, tocando seus corpos e pegando as mãos delas e colocando-as sob seu pênis.

Na denúncia, a promotora Janaína Marques Corrêa Melo, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana do Núcleo Rio de Janeiro, afirma que Sérgio abusava do toque corporal, como longos abraços, toques e alisamentos, e de beijos na boca ou bochechas nas mulheres, justificando suas ações na sua forma peculiar de ensinar.

O Ministério Público aponta que o preparador muitas vezes era chamado de “mestre”, se fazendo criar uma confusão mental nas vítimas. Sendo assim, em diversas ocasiões, os atos libidinosos eram tidos como ações praticadas “sem querer” ou sem cunho sexual, tendo Sergio conseguido “satisfazer sua própria lascívia através do meio fraudulento empregado”.

O delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP, explica que as vítimas chegavam a perceber que havia algum tipo de maldade na investida, porém, o medo de desagradar o professor e a vontade de não ser prejudicada no meio artístico fazia com que ficassem sem ação. Sérgio usava sua visibilidade como uma forma de retirar a liberdade dessas mulheres.

Nos últimos quatro meses, o delegado ouviu 18 mulheres que dizem ter sofrido diversas investidas de Sérgio Penna, tanto nos locais de realização dos workshops quanto em bares onde aconteciam as confraternizações pós-atividades. Nesse período, os inquéritos identificaram pelo menos 30 vítimas. A maior parte dos casos ocorreu em 2018, quando os crimes contra a liberdade sexual eram condicionados a representação por um prazo, que já acabou, tendo sido extinta a possibilidade do Estado de puni-lo.

O advogado João Francisco Neto, que representa Sergio Penna, informou ao O GLOBO, que a vida pessoal e profissional de seu cliente “se levanta como um escudo em face de tais acusações, que serão enfrentadas nos autos do processo”. “Após mais de quarenta anos como diretor de teatro e preparador de elenco na cena artística de nosso País, se vê, agora, nesta altura da

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