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PCC usou drones para monitorar minha rotina, diz promotor alvo de plano

Redação Jornal de Brasília

24/10/2025 11h22

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Foto: Polícia Civil de São Paulo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O promotor Lincoln Gakiya afirmou que teve a residência monitorada com drones por membros do PCC, que alugaram uma casa próxima a dele em um plano para assassiná-lo.


Gakiya e o coordenador dos Presídios da Região Oeste de São Paulo, Roberto Medina, eram monitorados por grupos criminosos interligados. Os dois já tinham sido “jurados de morte” pelo PCC em um salve anterior e o monitoramento da rotina deles foi encontrado após a prisão de traficantes (veja mais sobre as investigações abaixo).


“Eu tive a casa vigiada por drones. Havia uma casa próxima ao meu condomínio que foi utilizada como base para monitorar minha rotina. Foi encontrado diversos prints de tela com o trajeto que eu utilizo diariamente para me deslocar”, disse Lincoln Gakiya, em entrevista à GloboNews.


“Já perdi as contas de planos para me matar”, afirmou o promotor. Ele falou sobre o assunto em entrevista à GloboNews e lembrou que é “jurado de morte” há mais de 10 anos pelo seu trabalho contra o crime organizado, que ele classifica como “máfia”.


Imagens gravadas eram mandadas à “sintonia restrita”, setor que se comunica diretamente com a cúpula do PCC. Segundo Gakiya, esse setor era o responsável pelas ordens de assassinato de autoridades. “É um setor difícil de acessar, porque eles têm a comunicação bastante fechada”, disse.


Investigação sobre monitoramento do promotor e de Roberto Medina começou na mesma época em que criminosos monitoraram Ruy Ferraz. Gakiya afirmou que é possível que o mesmo salve que ordenou o assassinato dele e do coordenador de presídios foi o que ordenou a morte do ex-delegado-geral de polícia, assassinado em uma avenida de Praia Grande em setembro, o caso, porém, ainda está sob investigação.


Caso de Ruy Ferraz segue sob investigação da polícia e que nenhuma hipótese foi descartada até o momento. Além do envolvimento do PCC, a polícia leva como linha de investigação a descoberta de falhas em licitações em Praia Grande, que seriam denunciadas pelo então secretário.


OPERAÇÃO MIRA MEMBROS DO PCC QUE PLANEJARAM MORTE DE PROMOTOR


Operação cumpre 25 mandados de busca e apreensão em ao menos seis cidades do oeste do estado. Também foram decretadas quebras de sigilo telefônico e telemático dos investigados, conforme adiantado na coluna de Josmar Jozino.


O plano para assassinar Gakiya e Medina foi descoberto em julho, após a prisão de dois homens envolvidos em tráfico de drogas em Presidente Prudente. O município é vizinho a Presidente Venceslau, onde estão recolhidos os prisioneiros do PCC mais perigosos do estado.


Os dois presos por tráfico de drogas em Presidente Prudente são Victor Hugo da Silva, o VH, e Welisson Rodrigo Bispo de Almeida, o “Corintinha”. Nos celulares apreendidos com ambos havia detalhes do plano para matar Lincoln Gakiya e Roberto Medina. Outro envolvido na ação foi identificado como Sérgio Garcia da Silva, o Messi.


Os celulares foram periciados e neles foram encontradas informações sobre a rotina do promotor de Justiça. Os celulare tinham mapas do trajeto da casa do promotor para o trabalho e vice-versa. Gakiya anda todos os dias escoltado por policiais militares armados.

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