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Pais e quatro vizinhos foram presos por estuprar menina de seis anos

A menina revelou que o pai colocava vídeos pornográficos para ela assistir e detalhou os abusos sexuais praticados pelo pai e pelos vizinhos

Aline Rocha

27/06/2019 14h13

Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Aline Rocha
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Na última terça-feira (25), seis pessoas foram presas em Carlinda, 750km de Cuiabá, acusadas de abusar sexualmente de uma menina de seis anos. Os acusados são a mãe, o pai e mais quatro vizinhos da família.

As investigações tiveram início quando a menina contou, na escola onde estudam que sofria abusos de familiares. A Polícia Judiciária Civil e o Conselho Tutelar foram acionados e passaram a procurar os acusados em abril deste ano.

O delegado Vinícius de Assis Nazário, responsável pelo caso, ouviu professores da menina, conselheiros tutelares do caso, parentes e testemunhas. Com os depoimentos, o delegado solicitou uma oitiva especial ao poder Judiciário, permitindo que criança, ou adolescente, seja ouvida em depoimento para garantia de seus direitos ou como testemunha de violência

A menina revelou, durante a oitiva, que o pai colocava vídeos pornográficos para ela assistir e detalhou os abusos sexuais praticados pelo pai e pelos vizinhos que moravam ao lado de sua casa. Todos os suspeitos também foram ouvidos.

A menina tentou pedir socorro para a mãe mas, ao invés de apoiá-la, a mãe a ameaçou, dizendo que, se o pai fosse preso, ela apanharia muito. “Os indícios apontam que a mãe da vítima vinha coagindo a filha, tentando convencer a menina a não dizer a verdade em juízo. A criança chegou a revelar que os pais prometeram dar um pastel caso ela mentisse sobre os fatos”, explicou o delegado.


A prisão temporária dos acusados foi decretada na última terça-feira. Os seis ficarão presos por 30 dias, prazo que será utilizado pela Polícia Civil para dar continuidade nas investigações. Os envolvidos e as testemunhas serão ouvidos novamente e, segundo a PJC, o inquérito será concluído com a natureza de estupro de vulnerável.

O pai da vítima será indiciado também por expor a criança a assistir vídeo pornográfico, bem como pela omissão a mãe responderá por fraude processual.

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