Nesta terça-feira (30/9), a Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU/PI) e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI), iniciou as operações OMNI e Difusão, voltadas ao combate de esquemas ilícitos envolvendo contratos públicos da saúde no estado.
Na Operação OMNI, foram expedidos dois mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão, cumpridos em Teresina, Timon/MA, Araguaína/TO, Brasília/DF, Goiânia/GO, São Paulo/SP e Curitiba/PR. Também foram bloqueados cerca de R$ 66 milhões em bens, suspensos contratos em andamento e afastado preventivamente um servidor público.
As apurações revelaram indícios de direcionamento de licitações e atuação em conluio dentro da Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI) para favorecer uma Organização Social de Saúde (OSS) responsável pela administração de hospitais, com destaque para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba. As suspeitas incluem superfaturamento, falsificação de documentos, conflito de interesses e lavagem de dinheiro, além de irregularidades na aquisição de softwares de gestão hospitalar.
Já a Operação Difusão foca em contratos firmados entre a SESAPI e a Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS). Foram realizadas sete buscas em Teresina, Imperatriz/MA e Marco/CE, além do afastamento cautelar de uma servidora envolvida. As medidas foram autorizadas pela 1ª Vara Federal do Piauí.
As duas operações nasceram a partir de denúncias encaminhadas à CGU e ao Ministério Público Federal, que apontaram fraudes na contratação de serviços de hemodiálise e diálise peritoneal à beira-leito, levantando a suspeita de favorecimento de empresas por agentes públicos.