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Operação da PF desarticula rede de tráfico de pessoas que explorava famílias afegãs

As investigações apontam que as vítimas, em sua maioria famílias afegãs, eram atraídas com falsas promessas de viagens aos Estados Unidos

João Victor Rodrigues

24/12/2024 8h19

Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (23/12) dois integrantes de uma organização criminosa especializada no tráfico de pessoas. As prisões ocorreram durante uma operação que também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão.

Os criminosos tinham como principal ponto de atuação o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, local onde se concentravam diversos acampamentos improvisados de refugiados. A PF informou que as investigações continuam, com o objetivo de identificar outros envolvidos no esquema.

O tráfico de pessoas é um crime frequentemente associado à exploração sexual, trabalho escravo, adoção ilegal e até tráfico de órgãos. No caso das famílias afegãs, muitas fugiram do país após a retomada do poder pelo Talibã, em 2021, que provocou uma grave crise humanitária. Entre janeiro de 2022 e julho de 2024, mais de 11 mil refugiados afegãos chegaram ao Brasil, segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

No período de 2021 a 2023, foram registradas 537 denúncias de tráfico de pessoas no país pelos canais Ligue 180 e Disque 100, sendo 77% das vítimas mulheres e meninas.

O Brasil tem intensificado medidas de enfrentamento ao tráfico de pessoas. Neste ano, foi lançado o IV Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, vigente até 2028, que atualizou metas e estratégias para combater o crime. A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas foi criada em 2006, e a Lei nº 13.344/2016 adicionou ao Código Penal a previsão de penas de reclusão de 4 a 8 anos, além de multa, para quem praticar o crime.

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