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Mulher dada como morta há três anos cobra benefício do INSS

O sistema do INSS confundiu a professora com uma mulher de mesmo nome, que faleceu, e por isso, bloqueou seu acesso ao benefício

Camila Bairros

10/08/2022 11h44

Foto: Reprodução

Sônia Maria da Silva, de 59 anos, está viva, faz imposto de renda e vive uma vida normal. Mesmo assim, o sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostra a professora como morta por confusão com uma mulher homônima.

Por causa disso, seu benefício já foi cancelado três vezes, e ela precisou realizar provas de vida no instituto em 2020, 2021 e 2022.

“O INSS cismou que eu estou morta, e eu não consigo me desvencilhar desse óbito, eu não sei mais o que eu faço”, disse a professora em entrevista.

O início de tudo

O problema começou em fevereiro de 2020, quando Sônia foi em uma agência bancária para fazer a prova de vida. Lá, ela descobriu que o benefício havia sido suspenso devido à sua morte. “Cheguei lá e o gerente falou que eu estava morta, e eu pirei. Fiz prova de vida, fiquei ligando para o INSS, levei meses. Muito sofrimento, muita agonia de todo jeito, recorri, e o INSS pagou direitinho, voltou a estabilizar tudo normal”.

Mas no ano seguinte, o espanto voltou a se repetir. Ao fazer o teste, o sistema novamente a deu como morta. Foram necessários mais alguns meses até que Sônia conseguiu o benefício que tinha direito.

O problema não foi resolvido, e em fevereiro de 2022, o envio do dinheiro da aposentadoria foi suspenos. Foi aí que a professora resolveu investigar o motivo de isso estar acontecendo todo ano, e descobriu que outra Sônia Maria da Silva morreu, e o sistema estaria confundindo as duas, por isso, bloqueou o acesso ao benefício.

Com o corte da verba, a Sônia precisou aumentar sua carga de trabalho para conseguir arcar com as contas, o que acarretou em uma série de problemas. “Eu estou completamente destruída, tanto na parte financeira, como na parte de saúde. Tive problema de coluna, tive problema pressão alta, vários problemas e isso não cessa. E eu não sei o que fazer”, afirmou ela.

A situação da professora ainda não foi regularizada.

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