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Menino de 3 anos morre queimado dentro de casa em favela em SP

O local do incêndio é de difícil acesso, pois se localiza em uma viela. Por conta disso, os bombeiros teriam tido dificuldade para chegar ao local

Lindauro Gomes

12/07/2019 9h25

Uma criança de três anos morreu carbonizada dentro de casa, durante um incêndio, no fim da manhã desta quinta-feira (11), na favela da Paz, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. As causas para a origem do fogo são investigadas pela polícia.

Segundo uma vizinha, a ambulante Rosângela de Campos Santana, 38 anos, ela voltava do mercado, por volta das 11h, quando viu fumaça saindo de perto de onde mora. “Pensei que tava pegando fogo na minha casa, mas quando cheguei, vi que era na vizinha”, afirmou.

A princípio, ela não sabia que Cauã Nascimento estava sozinho no local. O motivo para isso, segundo a ambulante, foi o fato de a mãe do menino ter ido ao hospital, por volta das 3h, para dar à luz a uma menina, prematura de oito meses. “Uma outra vizinha tinha assumido a responsabilidade de cuidar do garoto, mas deixou ele sozinho. Só descobrimos isso depois.”

Ainda segundo Rosângela, para evitar que o fogo atingisse outros imóveis, vizinhos arrombaram casa onde estava a criança e combateram as chamas com baldes e mangueiras. “O fogo estava só no quarto onde o menino dormia com os pais. Quando controlamos [as chamas], vimos o Cauã, carbonizado, com o corpinho encolhido ao lado da cama”, disse.

O local do incêndio é de difícil acesso, pois se localiza em uma viela. Por conta disso, os bombeiros teriam tido dificuldade para chegar ao local.

Os pais do menino, que estão separados há cerca de um mês, estavam no hospital no momento da tragédia. “Não entendo como a vizinha pôde deixar uma criança sozinha, é uma irresponsabilidade. Acho que o próprio Cauã ateou fogo no quarto, fazendo alguma brincadeira de criança”, afirmou a ambulante.

A vizinha que deveria ter tomado conta do menino acabou levada ao 65º DP (Artur Alvim) para prestar depoimento. Ela foi liberada em seguida.
Os pais do menino não foram encontrados pela reportagem até a publicação deste texto.

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