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Menino de 12 anos morre após inalar desodorante em desafio do TikTok

Redação Jornal de Brasília

24/10/2025 11h30

Foto: Reprodução

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Oliver Gorman, um menino de 12 anos, morreu na região de Manchester, na Inglaterra, após inalar desodorante em um desafio do TikTok conhecido como Chroming, o desafio do desodorante, no Brasil.


Investigação apontou contaminação por butano. A morte aconteceu em 5 de maio e o inquérito foi divulgado nesta quinta-feira (23), constatando que o menino veio a óbito por inalação do gás vindo do desodorante que ele usou para cumprir o desafio.


Família tinha acabado de voltar de férias. A mãe de Oliver, Clare Gillespie, contou que encontrou o filho desacordado no quarto dele menos de uma hora após retornarem de férias no País de Gales. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas não pode ser salvo.


Motivações do adolescente são desconhecidas. No tribunal, Clare revelou que não tem ideia do que levou o filho a fazer o desafio, mas que acredita que foi algo que deu terrivelmente errado. A família disse, ainda, que não sabia que Oliver tinha contato com o TikTok ou com o Chroming. Segundo reportagem do The Sun, a mãe relatou que um frasco do desodorante Lynx caiu da cama de Oliver enquanto ela tentava reanimá-lo. Mais frascos de diferentes tipos de desodorante foram encontrados depois.


A polícia não conseguiu acessar o celular do menino. Investigadores, porém, encontraram evidências de acesso ao TikTok em um óculos de realidade virtual. Um inspetor relatou ter tido a impressão de que o garoto era vítima de bullying, com palavras duras sobre a aparência de Oliver.


DESAFIO DO DESODORANTE


Tendência perigosa já matou outros jovens pelo mundo. Difundido no TikTok e com apelo entre adolescentes, o Chroming é apresentado como um desafio, que exige dos participantes que inalem vapores tóxicos presentes em itens domésticos, como desodorantes aerossóis, tintas metálicas, esmaltes, entre outros.


Caso no Brasil levou a apelo da primeira-dama, Janja da Silva. A morte da menina Sarah de Castro, de 8 anos, em abril deste ano, levou a um apelo de Janja para que haja regulamentação das redes sociais. Sarah foi a segunda vítima do desafio no Brasil apenas em 2025. Em março, uma menina de 11 anos sofreu uma parada cardiorrespiratória em uma cidade no interior do Pernambuco depois de prática semelhante.


Janja afirmou que as redes sociais são nesta sexta-feira (24) um território sem lei, que coloca em risco as vidas das crianças e dos adolescentes. “A gente precisa proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Elas (redes sociais) não podem levar a vida das nossas crianças.”

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