Adolescente ucrânia de 14 anos engravida após estupro coletivo realizados por membros do exército russo em Bucha. Até o momento, a menina é a única vítima confirmada grávida após estupro.
O caso foi denunciados pela psicóloga Aleksandra Kvitko, membro da Associação Nacional de Psicologia. Ela está acompanhando outros quatro casos suspeitos, menores de idade que também estariam grávidas, resultando em gravidez, a mais jovem teria 10 anos.
Segundo a psicologa, a família da vítima decidiu manter a gestação após os médicos que a atenderam alertar que um aborto naquele momento poderia impedir que ela engravidasse no futuro.
A denúncia formal ainda não foi feita por resistência dos familiares da adolescente, mas Aleksandra trabalha para que o caso seja denunciado, como forma de incentivar outras vítimas a procurarem ajuda médica.
Até o último dia 25, segunda-feira, uma linha telefônica direta de atendimento para casos deste tipo, já recebeu 101 denúncias de crimes sexuais nos territórios ucranianos acontecidos em detrimentos da invasão do exército russo, como é o caso de Bucha.
À Rádio Svoboda, a ex-ministra do Trabalho e Política Social da Ucrânia Lyudmila Denisova, que trabalha atendendo vítimas da guerra, afirmou que doze casos de gravidez decorrente de estupro foram relatados até agora, mas ela acredita que ainda há denúncias.
Ex-diretora do Centro de Liberdades Civis da Ucrânia, Oleksandra Matviychuk aponta outro problema. Por meio de suas redes sociais, ela conta que muitas dessas mulheres ucrânias que estão sendo estupradas por russos, são deixadas na Polônia. A mudança de país se dá, pois, na Polônia é proibido por lei realizar aborto, o único caso permitido é após uma denúncia formalizada na polícia.
