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Médica vende churrasco para se manter após a saída de Cuba do programa Mais Médicos 

Enquanto não pode trabalhar com medicina, ela segue na esperança

Redação Jornal de Brasília

21/07/2019 10h35

Da Redação
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Depois da saída de Cuba do programa Mais Médicos, médica cubana Maydelkis Ferrer vende espetinho há três anos para conseguir se manter.

Maydelkis é natural da cidade de Morón, que fica na província Ciego de Ávila, em Cuba e hoje, mora em Jacobina, no norte da Bahia, e não pretende ir embora do Brasil. 

A médica se casou com um baiano no ano passado, com quem divide a vida e a nova ocupação. Ela lembra que quando chegou em terras brasileiras, em agosto de 2016, passou cerca de 60 dias em Brasília, em acolhimento pelo programa Mais Médicos. A médica conta ainda que trabalhou junto com outras quatro cubanas, em várias unidades de saúde da cidade, inclusive substituindo médicos brasileiros quando eles saíam de férias.

Adaptada na cidade, Maydelkis lembra que não foi difícil se adequar ao local. Para ela, os baianos são receptivos. Apesar da hospitalidade baiana, a médica fala também sobre o preconceito que os profissionais cubanos sofreram, além dos ataques de xenofobia.

Depois que o governo de Cuba decidiu sair do programa em novembro de 2018, citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, Maydelkis chegou a voltar para seu país.

Enquanto segue trabalhando como ambulante, Maydelkis mantém a esperança de voltar a trabalhar como médica no Brasil.

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