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Mais de 440 pinguins foram encontrados mortos no litoral de SP

O levantamento desse evento foi conduzido pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC)

Redação Jornal de Brasília

05/09/2023 7h28

Foto: IPeC/Divulgação

Durante o mês de agosto, mais de 440 pinguins-de-magalhães (Spheniscus Magellanicus) foram encontrados sem vida. As mortes aconteceram em praias nas cidades do Vale do Ribeira, no litoral de São Paulo.

O IPeC iniciou o processo de recolhimento das aves ao longo das praias da Ilha Cardoso, Ilha Comprida e Iguape. Segundo a instituição, o mês de agosto coincide com a época de migração de diversas espécies de aves, e muitas delas enfrentam desafios durante essa jornada, tornando-se vulneráveis a encalhes nas praias, interações com redes de pesca e ingestão de detritos marinhos.

O IPeC, juntamente com os biólogos William Schepis e Jorge dos Santos, observou que, embora o número de pinguins-de-magalhães encontrados mortos seja significativo, essa situação é considerada comum nesta época do ano.

“Esta espécie encontra-se classificada como ‘quase ameaçada’ na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Antes dessa classificação, ela é considerada ‘pouco preocupante’, e após, ‘vulnerável'”, explicou o biólogo William Schepis.

O especialista Jorge dos Santos acrescentou que identificar a causa exata da taxa de mortalidade dessa espécie é um desafio complexo. No entanto, ele expressou uma preocupação em relação aos possíveis efeitos das mudanças climáticas e da poluição no processo de migração dessas aves, colocando em risco sua capacidade de retornar com vida ao seu local de origem.

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