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Mãe morre com coronavírus uma semana após filha receber alta da CTI

Paciente apresentou os primeiros sintomas três dias após dar à luz

Redação Jornal de Brasília

27/08/2020 12h25

Mãe e filha diagnosticadas com a Covid-19 dividiram um quarto no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Uma semana após Thaynná Cordeiro da Silva, de 24, receber alta, sua mãe, Rosiléa Maria Cordeiro, de 44 anos, veio a óbito. Thaynná testeou positivo para a doença alguns dias após dar à luz. Após algum tempo, Rosiléa também foi diagnosticada com o coronavírus. O caso foi apurado pelo Portal Extra.

Durante o período de internação, as duas conversavam sobre a pequena Maria Cecília, filha de Thaynná, que tinha acabado de nascer e faziam planos para o futuro. Após Thaynná deixar a unidade hospitalar, Rosiléa teve o quadro clínico agravado e precisou ser entubado. Uma semana depois, ela veio a óbito.

Thaynná havia sido encaminhada para o hospital no dia 21 de setembro, quando deu à luz Maria Cecília. Thaynná relatou que durante o tempo que ficou no hospital, ela ficou próxima a uma paciente contaminada e ambas utilizavam o mesmo banheiro.

Já em casa, três dias após o parto, ela começou a sentir os sintomas da doença e foi até o hospital. No entanto, não foi identificado que se tratava do novo coronavírus. Após várias idas ao hospital, os sintomas se agravaram, mas os testes continuavam dando negativo. No último dia 2, ela precisou ser internada, quando o teste deu positivo. Ela foi entubada no Hospital Darcy Vargas, em Rio Bonito-RJ. Thaynná passou 16 dias internada na unidade, enquanto a bebê ficou aos cuidados da avó. Uma semana após a internação da filha, Rosiléa também apresentou sintomas da Covid-19.

Após isso, toda a família passou por exames. Os testes apontaram que a recém-nascida estava com a doença, assim como os outros dois filhos de Rosiléa, Késsia e Patrick. Já o marido de Thaynná, Felipe de Souza Lima, e a filha mais velha do casal, Maria Luiza, testaram negativo para o novo coronavírus.

Resposta

O presidente do Hospital Darcy Vargas, Fábio Fernando de Azevedo Pereira, disse que as normas do hospital impedem que pacientes infectado fiquem instalados na mesma ala de outros pacientes.

“Qualquer pessoa com Covid-19 é automaticamente encaminhada a uma enfermaria específica. Acho muito difícil ter alguém em outro local que estivesse infectado, a não ser que fosse assintomático. Possivelmente foi um mal-entendido”, relatou.

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