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Mãe enterra filha de 10 anos viva após ela acusar padrasto de abuso sexual

Mulher teria derrubado filha no chão e enforcado vítima com fio elétrico

Redação Jornal de Brasília

23/03/2020 9h32

Uma mulher, de 29 anos, foi presa suspeita de matar a filha, de 10 anos. A prisão ocorreu na noite de sábado (21). Segundo a polícia, a mãe afirmou em depoimento que matou a criança porque a menina acusou o padrasto de abuso sexual. A polícia encontrou o corpo da vítima enterrado de cabeça para baixo

O irmão da vítima, de 13 anos, confessou que ajudou a mãe a cometer o crime e foi apreendido. De acordo com o depoimento do adolescente, a vítima pedia por socorro dentro do buraco.

A polícia soube do caso pela própria mãe. Inicialmente ela disse que a menina havia desaparecido, após ter sido deixada por ela em uma praça com o irmão. Horas depois, a mulher ligou para a Polícia Militar e contou que havia matado a criança e queria se entregar.

Ele relatou, em depoimento, os detalhes do crime e levou as autoridades até o local onde havia deixado o corpo, em um buraco perto do lixão do município. Os policiais encontraram o corpo da menina enterrado de cabeça para baixo.

O irmão da vítima confessou que havia ajudado a mãe. Ele tinha arranhões nas pernas, o que fez com que fosse levantada suspeita sobre o envolvimento dele.

De acordo com o adolescente, a mãe derrubou a filha no chão e passou a enforcá-la com fio elétrico. Em seguida, eles encontraram um buraco no chão e enterraram a vítima viva.

Segundo a Polícia Civil, a perícia identificou que a causa da morte foi asfixia mecânica por compressão do tórax, compatível com o relato do adolescente.

O garoto revelou ainda que a mãe ficou enfurecida porque a irmã havia dito que estava sendo abusada sexualmente pelo padrasto e prometeu matá-la caso continuasse falando sobre o assunto. Após a ameaça, a mulher chamou os filhos para sair de carro. Ela parou em uma estrada fora da cidade, em Brasilândia-MS, onde iniciou as agressões e matou a filha.

Segundo uma testemunha, a menina havia mencionado, no final do ano passado, ter sido vítima de abuso por parte do padrasto e que não poderia revelar os professores ou para a polícia por medo de apanhar da mãe.

A mulher foi autuada em flagrante por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, crime praticado para ocultar outro crime; ocultação de cadáver e corrupção de menor. Ela já tinha passagens por tráfico de drogas e furto.

O padrasto está sendo investigado pela Polícia Civil, por participação no crime, e é suspeito de estupro de vulnerável. As autoridades pediram a prisão preventiva do homem, de 47 anos. O adolescente foi apreendido e será recambiado para uma Unidade Educacional de Internação.

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