A Justiça determinou que os dois meninos trocados ao nascer em uma maternidade de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, passem a ter os nomes dos quatro pais — biológicos e socioafetivos — nas certidões de nascimento.
A decisão reconhece oficialmente a paternidade e maternidade socioafetiva de ambos os casais, de modo que os registros civis agora incluirão Yasmin Kessia da Silva e Cláudio Alves, além de Isamara Cristina Mendanha e Guilherme Luiz de Souza.
Os meninos nasceram em outubro de 2021, e a troca foi descoberta após Cláudio desconfiar da paternidade e solicitar um exame de DNA. O resultado confirmou que a criança não era filha biológica dele nem de Yasmin. Diante disso, o casal entrou em contato com a outra família que havia dado à luz no mesmo dia, e novos testes comprovaram o erro da maternidade.
A sentença também definiu o regime de convivência entre as famílias:
- De segunda a sexta-feira, as crianças permanecem com os pais biológicos;
- No primeiro fim de semana do mês, ficam com Yasmin e Cláudio;
- No segundo fim de semana, com Isamara e Guilherme;
- No terceiro fim de semana, cada criança passa o período com seus pais biológicos;
- No quarto fim de semana, ficam com os pais socioafetivos — aqueles que as criaram desde o nascimento.
Segundo o juiz responsável, a decisão busca garantir o melhor interesse das crianças, preservando os vínculos afetivos formados até agora, sem afastá-las das famílias biológicas.