Marcelo Amaral, de 25 anos, que foi jogado do alto de uma ponte em São Paulo pelo policial militar Luan Felipe Alves Pereira, de 29, relatou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, neste domingo (8), os momentos de terror que viveu durante o incidente ocorrido no domingo anterior, durante um baile funk.
Amaral contou que não estava no evento e passava de moto pela região quando se deparou com diversos policiais armados com cassetetes. Ao ver os PMs correndo em sua direção, ele ficou assustado e tentou fugir. O policial Pereira, que integra a Ronda Ostensiva com Apoio de Motos (Rocam) de Diadema, o abordou com agressões, golpeando sua cabeça e costas com o cassetete.
Imagens de câmeras de segurança mostram que Amaral parou a moto no alto da ponte, desceu do veículo e tentou correr, mas foi seguido pelos policiais. O jovem relatou que, antes de ser jogado da ponte, o policial o ameaçou: “Você tem duas opções: ou você pula da ponte, ou eu jogo você e sua motocicleta daqui”. Segundo Amaral, ele respondeu que sua moto estava regular e que não era criminoso.
O momento viralizou nas redes sociais quando o soldado Pereira, sem motivo aparente, pegou Amaral pela perna e o arremessou do alto da ponte. “Uma sensação horrível. A partir do momento que ele falou pra mim que ia me jogar da ponte, eu não sei voar. É impossível”, descreveu o jovem.
Após a queda de aproximadamente 3,70 metros, Amaral caiu em um córrego raso, ferindo-se na cabeça devido aos golpes anteriores. Ele foi socorrido por moradores e recebeu 8 pontos no ferimento.
O policial foi preso após ser filmado jogando o jovem, desarmado e dominado. Em defesa, os advogados do soldado alegam que os PMs foram hostilizados durante o baile funk e que o contexto de estresse pode ter influenciado sua atitude, embora não justifiquem o ato.