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Jovem internado com a mãe e a irmã em SP não resiste e morre com coronavírus

Ele estava internado há mais de dez dias, sendo seis na UTI, e testou positivo para Covid-19

Redação Jornal de Brasília

13/04/2020 18h03

CORONAVÍRUS

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O vigilante Luiz Fagner Dias Novaes, de 31 anos, foi umas das três pessoas de sua família que precisou ser hospitalizada por conta do novo coronavírus. Infelizmente, ele veio a óbito após ficar vários dias inconsciente. Além dele, sua mãe e sua irmã também estão contraíram a doença pois se revezarem para acompanhar pai internado em um hospital de Cubatão (SP), após ter tido um AVC.

A mãe de Luiz, de 59 anos, ainda não sabe da morte de seu filho já que ela está entubada e inconsciente na UTI do Hospital Guilherme Álvaro, em Praia Grande, devido ao novo coronavírus. As informações são do Portal G1. 

Segundo familiares Luiz estava entubado e inconsciente na UTI em um hospital de São Bernardo do Campo (SP), por falta de vagas nas unidades de saúde na região. O rapaz não tinha nenhuma doença crônica e praticava esportes frequentemente. 

Luiz apresentou sintomas da doença após frequentar o hospital em que seu pai estava internado após ter sofrido de um AVC. Ele estava internado há mais de dez dias, sendo seis na UTI, e testou positivo para Covid-19.

A mãe de Luiz, quando sentiu os sintomas, parou de participar dos revezamento e de cuidar do pai. Na família os sintomas mais intensos foram febre, diarreia, dor de garganta, perda de olfato e paladar, dor de cabeça e tosse forte. E por fim, veio a grande falta de ar em qualquer esforço que faziam.

A técnica de enfermagem Maria Carolina da Silva Novaes, de 39 anos, irmã de Luiz e também infectada pela doença explicou a situação. “Como tenho convênio, fui encaminhada para a Beneficência Portuguesa. Minha mãe está na UTI do Hospital Guilherme Álvaro e meu irmão transferido para São Bernardo”, diz. “Ela ainda não sabe que meu irmão faleceu, porque está inconsciente no hospital. Quando recobrar a consciência, uma equipe médica dará a notícia, aos poucos, para ela digerir a situação”, diz.

Maria ainda teme pela situação de seus pais, já que sua mãe segue internada e seu pai, que recentemente ficou tretaplégico. 

“Para uma mãe é muito difícil enterrar um filho, não é a ordem natural das coisas. Estamos todos muito preocupados com ela, quando acordar”, relatou. “Meu pai também está muito mal. Ele está tetraplégico por conta do AVC que sofreu e lamenta não poder fazer nada para ajudar. Está tudo muito difícil em nossa família” desabafa. 

A técnica de enfermagem recebeu alta na última sexta (9) e continua seguindo as orientações de quarentena, mas reclama das pessoas que não levam o isolamento social a sério. 

“As pessoas não estão levando o isolamento social à sério. Só acreditam na doença quando ela bate na porta de casa. Comigo ela não bateu na porta, ela surgiu por todos os cantos, atingindo minha família. Estou desmoronando, não sei o que fazer.”

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