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Jovem escapa das agressões do ex-marido por pedido de socorro por carta

A vítima escreveu uma carta de socorro endereçada à mãe e entregou o papel ao leiteiro, que vai todos os dias de manhã à casa para entregar o leite à família

Marcus Eduardo Pereira

11/09/2020 18h32

Para fugir da violência do ex-marido, uma mulher de 19 anos pediu ajuda para o leiteiro, que entregou a carta da jovem a mãe dela. O caso aconteceu em Goianésia, no Goiás.

Na casa onde a vítima era mantida presa e diariamente agredida pelo homem, morava também os filhos do casal. Um bebê de 9 meses e um menino de 2 anos presenciavam as constantes agressões.

“Vai me matar e matar a minha família. […] Estou correndo perigo”, diz mensagem.

A Polícia Civil foi acionada e prendeu o rapaz de 25 anos, além de resgatar a vítima. O detido negou todos os crimes, e de acordo com ele, uma medida protetiva que já havia sido decretada não era mais válida, já a jovem teria dito que iria retirá-la, o que não aconteceu.

De acordo com as autoridades, a jovem teve uma união estável com o agressor por cerca de três anos, mas terminou o relacionamento e conseguiu uma medida protetiva contra ele. No entanto, essa ordem da Justiça nunca foi respeitada, já que o homem sempre voltava à casa da vítima.

Conforme o boletim de ocorrência, quando ele foi à residência na quarta-feira (9), a jovem insistiu que não o aceitaria mais e que não o queria lá, o que levou o suspeito a agredi-la e ameaçá-la.

A jovem relatou aos policiais que, nesse momento, levou chutes, tapas e socos do ex-companheiro e que ele permaneceu na casa, se recusando a ir embora e passando a noite lá.

Na madrugada, ela conseguiu mandar mensagens à irmã pedindo ajuda, mas quando o agressor acordou e viu o que ela havia feito, tomou o aparelho dela, segundo registros da Polícia Civil.

Sem ver outra alternativa e pensando em como poderia sair daquela situação, ela escreveu uma carta de socorro endereçada à mãe e entregou o papel ao leiteiro, que vai todos os dias de manhã à casa para entregar o leite à família.

Na carta, a vítima pede que os filhos sejam salvos primeiro e que, depois, fossem buscá-la. A jovem pede ainda que ninguém ligue ou mande mensagem, porque o autor havia tomado o celular dela.

A princípio, o autor deve responder por descumprimento da medida protetiva, vias de fato e ameaça.

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