Um jovem indígena Guarani Kaiowá, Neri Ramos da Silva, de 23 anos, foi morto a tiros na quarta-feira, 18 de setembro, durante um segundo confronto com a Polícia Militar em menos de uma semana no Território Nhanderu Marangatu, localizado em Antônio João, Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. A morte foi confirmada por Paulo Pereira da Silva, Coordenador Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Iguatemi (MS).
A Grande Assembleia Guarani-Kaiowá (Aty Guasu), organização liderada por indígenas da etnia Kaiowá e Guarani, denunciou nas redes sociais que a tropa de choque teria “atacado” uma “área de retomada” — região em disputa entre fazendeiros e indígenas — na Fazenda Barra, levando à morte de Neri.
Por outro lado, a versão policial aponta que os indígenas teriam atacado os agentes, que reagiram à agressão. O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, afirmou que os 100 policiais militares presentes estavam cumprindo uma decisão judicial para manter a ordem e a segurança na propriedade rural, assegurando também o direito de circulação entre a rodovia e a sede da fazenda.